sábado, 2 de fevereiro de 2013



A ONU exprimiu uma “profunda inquietude” face ao aumento da violência contra mulheres no Egito.

A situação não é nova mas, nos últimos dias, foram registados pelo menos vinte e cinco casos de assédio ou ataques de natureza sexual durante manifestações na Praça Tahrir do Cairo.

Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, alguns casos comportam situações de extrema violência.

Na capital egípcia, os horários e locais coincidentes de vários ataques levam muitos manifestantes a apontarem o dedo a milícias contratadas pelo governo, com o objetivo de desencorajar as mulheres a participarem nos protestos.

Salma Tarzi, que colabora numa organização de defesa dos direitos das mulheres, diz que “nos últimos meses, cada vez que houve uma grande manifestação, assistimos a ataques agressivos e bastante severos. Atualmente, o objetivo é tentar impedir o assédio, antes que aconteça”.

A escritora Nawal el Saadawi afirma que “as mulheres representam metade da sociedade e há uma crescente reação contra as mulheres, em todas as áreas, que é preciso combater”.

No Cairo, mulheres – e também homens – começaram a constituir grupos oficiosos de vigilância contra ataques de natureza sexual. No entanto, uma destas associações foi ela própria atacada, na passada quarta-feira.

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