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sábado, 11 de maio de 2013


As mães que pedalam


Nesse Dia das Mães, venho aqui para presentear com coisas que não se vendem no shopping: o amor e a gratidão.

Em visitas a SP, eu e minha mãe enfrentamos 
o trânsito com um sorriso no rosto
Nem todo mundo tem a oportunidade de passar o domingo ao lado da sua família, por isso Dia das Mães é todo dia, é quando se consegue ir visitá-la, é quando se fala ao telefone para matar a saudade. Não tem presente que substitua um abraço apertado de quem não se vê há meses (e até anos), e presentear alguém passa a ter uma conotação muito maior do que as limitadas datas comemorativas.
Por isso, dedico esse post à minha e à todas as mães ciclistas.
Dona Eva é uma pessoa maravilhosa, sempre esteve ao meu lado e apoiou todas as minhas decisões – até a mais dolorosa delas, a de morar longe. Mas Dona Eva não gostava muito da minha vontade de pedalar em São Paulo e, assim como muitas mães desse mundo, na sua intenção natural de proteger, pediu várias vezes para desistir dessa ideia maluca.
Carro da minha mãe com adesivo
de respeito ao ciclista
Depois de perceber que a “ideia maluca” fazia cada vez mais sentido na minha vida, ela mudou de postura e resolveu fazer algo surpreendente pra mim: pedalar também. É óbvio que me apavorei no começo. A história havia se invertido. Sentia um misto de alegria e preocupação e a partir dali comecei a perceber que eu também tinha o tal instinto de proteção.
Dona Eva foi pedalando pro trabalho no Dia Mundial Sem Carro de 2011, começou a ir pra academia, visitar as minhas tias, ir a supermercado, participou da Bicicletada, de passeios noturnos em Aracaju e fazer alguns pequenos deslocamentos de bike. Quando estava na rua me ligava ou mandava mensagem só pra contar (toda orgulhosa) suas “peripécias ciclísticas”. Eu sentia aquele negócio esquisito do medo e satisfação.
Mas apesar de tudo isso, a bicicleta tem um papel coadjuvante na rotina da minha mãe. A maior parte do tempo ela dirige. Quando se tem um filho que pedala, a preocupação com os outros ciclistas na rua vira uma preocupação pessoal, por isso minha mãe passou a enxergar e respeitar muito mais quem ela cruzava pedalando no caminho. E essa visibilidade de estende a todos os integrantes da sua família.
A decisão de usar a bicicleta em vez de dirigir
deixa todas as mães de cabelo em pé!
Ela já chegou até a discutir com amigas sobre o uso da bicicleta na cidade e virou uma mãe-ativista por influência dessa que vos fala. Hoje eu percebi o quanto nos aproximamos, apesar da distância fisica. Vejo o quanto a bicicleta abriu nossos olhares sobre a vida, sobre o mundo, sobre nós mesmas. Fica aqui meu agradecimento à todas as mães que – mesmo com receio e muitas vezes não apoiando a idéia – são parte essencial na vida de todos os ciclistas. Sem vocês sequer estaríamos aqui pra mudar o mundo.
Quero aproveitar o post para agradecer e parabenizar também as amigas que já são mães e, diferentemente de nossas próprias histórias, já estimulam o pensamento crítico dos seus filhos, facilitando e abrindo muito mais a porta para que eles experimentem os benefícios da bicicleta o quanto antes.
Pedalar faz de você o melhor motivo do mundo para que sua família enxergue melhor o ciclista e respeite as pessoas na rua!
E sua mãe, também anda de bicicleta? Já pensou em presenteá-la com uma? Ou ela tem medo que você pedale nas ruas? Conte a sua história!

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