quinta-feira, 3 de março de 2016

Brasil vira referência em aleitamento materno. Palmas para os "mamaços"

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, recebeu hoje uma placa da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em reconhecimento aos avanços

CRISTIANE SEGATTO
02/03/2016

Em meio a notícias de falhas na assistência às mães de bebês nascidos com microcefalia relacionada ao vírus zika, o ministro da saúde, Marcelo Castro, recebeu hoje uma placa da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em reconhecimento aos avanços do Brasil em aleitamento materno.

A homenagem é baseada nos resultados de um estudo da revista científica britânica The Lancet, que comparou dados de  153 países. Em 1974, as crianças brasileiras eram amamentadas por 2,5 meses em média. Em 2006, esse número havia subido para 14 meses. Em 1986, apenas 2% das crianças de até seis meses recebiam apenas leite materno. Em 2006, essa taxa havia saltado para 39%.

As brasileiras são as maiores doadoras de leite humano. Dos 292 bancos de leite existentes no mundo, 72,9% estão no Brasil. Essas unidades beneficiaram, entre 2008 e 2014, 88,5% (cerca de 11 milhões) de todas as mulheres assistidas no planeta e contaram com o apoio de 93,2% das doadoras de leite (1,1 milhão de brasileiras).

As mulheres brasileiras foram responsáveis por 89,2% da coleta dos 1,1 milhão de litros de leite doados e beneficiaram 79,1% de todos os recém-nascidos atendidos nesses espaços. 

As ações governamentais têm seus méritos, mas as verdadeiras responsáveis por esses avanços são as mulheres. É inadmissível que, ainda hoje, mães sejam constrangidas ao amamentar em público e precisem organizar “mamaços” para garantir um direito que só traz benefícios à saúde e à economia do país.

Saiba por que no áudio de 2 minutos.



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