quarta-feira, 8 de agosto de 2012


Campo Grande, Brasília e Vitória lideram ranking das capitais que mais acessam o Ligue 180

Do total de 388.953 ligações efetuadas para o Ligue 180, no período de janeiro a junho deste ano, Campo Grande (MS) é a primeira capital e o Distrito Federal aparece na primeira posição entre as unidades da federação que mais acessam o serviço. De 50 municípios, o paulista Bora tem o primeiro lugar 
 
Pela primeira vez, a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), faz um levantamento por capitais e pelos 50 municípios que mais acessam o serviço. O estudo tem como referência os 388.953 atendimentos efetuados pelo Ligue 180, de janeiro a junho de 2012 – com média de 2.150 atendimentos por dia.
 
De acordo com o ranking por capitais, a procura pelo Ligue 180 foi feita por 65,67 mulheres em cada 100 mil de Campo Grande (1º), 62,67 de Brasília (2º), 51,73 de Vitória (3º), 44,16 de Salvador (4º) e 42,46 de São Luís (5º).  “Essa inovação nos levantamentos que a SPM produz deve colaborar para que a  violência que atinge as mulheres brasileiras receba respostas mais eficientes e rápidas”, afirma a ministra Eleonora Menicucci, da SPM.
 
Os dados foram apresentados na terça-feira (07/08), em Brasília, durante o encontro nacional “O Papel das Delegacias no Enfrentamento à Violência contra as Mulheres” e o lançamento da campanha “Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha – A lei é mais forte”, coordenada pela SPM, Ministério da Justiça, Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública. 
 
Ranking das capitais por taxa de 10 mil mulheres 
(número de registro do Ligue 180 dividido pela população feminina do município e multiplicado por 10 mil)
 

Taxa de Registro pela população feminina
UF
CAPITAL
1
65,67
MS
CAMPO GRANDE
2
62,57
DF
BRASILIA
3
51,73
ES
VITORIA
4
44,16
BA
SALVADOR
5
42,46
MA
SAO LUIS
6
41,71
RN
NATAL
7
39,35
PI
TERESINA
8
38,82
RJ
RIO DE JANEIRO
9
36,87
PA
BELEM
10
36,63
PR
CURITIBA
11
34,68
AL
MACEIO
12
28,30
MT
CUIABA
13
26,60
SE
ARACAJU
14
25,25
MG
BELO HORIZONTE
15
25,22
SC
FLORIANOPOLIS
16
24,45
SP
SAO PAULO
17
23,98
GO
GOIANIA
18
23,32
RO
PORTO VELHO
19
22,17
TO
PALMAS
20
21,30
PE
RECIFE
21
21,10
RS
PORTO ALEGRE
22
20,42
AC
RIO BRANCO
23
20,09
PB
JOAO PESSOA
24
18,82
RR
BOA VISTA
25
16,95
AP
MACAPA
26
11,65
CE
FORTALEZA
27
7,27
AM
MANAUS
Fonte: Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180/SPM-PR
 
Ranking por municípios – O mapa do Brasil sobre a procura da população de serviços especializados de atendimento à mulher em situação de violência pode ser mais bem compreendido a partir do levantamento inédito do Ligue 180, realizado com base nos dados do primeiro semestre deste ano.
 
Nem mesmo em localidades com populações pequenas e afastadas dos grandes centros urbanos, as mulheres estão livres da violência de gênero. Localizado no Centro-Oeste paulista e com pouco mais de 800 habitantes, o município Bora (SP) ocupa o primeiro lugar do ranking por municípios do Ligue 180 com 391,64 atendimentos realizados no primeiro semestre deste ano (taxa de registro com base na proporcionalidade populacional).  Em segundo lugar, está Sagrada Família (238,85), do Rio Grande do Sul; em terceiro, Esperança Nova (182,00), do Paraná; em quarto, Gabriel Monteiro (172,67), de São Paulo; e em quinto lugar, Porto Alegre do Piauí (170,04), do Piauí.
 
“Sabemos que a violência de gênero não tem fronteiras, mas os novos dados do Ligue 180 fazem um mapa preciso sobre os lugares em que as mulheres estão pedindo socorro e se posicionando contra a violência. O Ligue 180 chega até mesmo onde os serviços não estão instalados, portanto, temos que aumentar o atendimento às mulheres”, avalia a ministra Eleonora.
 
Ela ressalta que a SPM tem como metas, até 2014, atingir pelo menos 10% dos municípios brasileiros nos serviços especializados à mulher em situação de violência, e aumentar 30% a quantidade dos serviços existentes em todo o país, por meio do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. 
 
Do total de 388.953 atendimentos efetuados pelo Ligue 180, no período de janeiro a junho de 2012, São Paulo tem 11 dos 50 municípios listados no ranking do serviço da SPM. O Rio Grande do Sul aparece na segunda posição, com dez municípios, e Minas Gerais, em terceiro lugar, com sete.
 
Ranking dos municípios
(número de registro do Ligue 180 dividido pela população feminina do município e multiplicado por 10 mil)

Taxa de Registro pela população feminina
UF
MUNICIPIO
1
391,64
SP
BORA
2
238,85
RS
SAGRADA FAMILIA
3
182,00
PR
ESPERANCA NOVA
4
172,67
SP
GABRIEL MONTEIRO
5
170,04
PI
PORTO ALEGRE DO PIAUI
6
165,11
SP
SÃO FRANCISCO
7
154,91
MG
ARACAI
8
152,64
SP
IACANGA
9
144,55
SC
FLOR DO SERTAO
10
141,02
MG
DIVINESIA
11
134,10
MG
SILVEIRANIA
12
133,33
RS
CENTENARIO
13
127,13
RS
MACHADINHO
14
122,39
PI
JOAO COSTA
15
120,45
AP
AMAPA
16
117,45
PI
MIGUEL LEAO
17
116,41
SP
PAULISTANIA
18
111,89
SP
CABRALIA PAULISTA
19
111,11
PB
SAO SEBASTIAO DO UMBUZEIRO
20
107,82
PI
ANTONIO ALMEIDA
21
105,26
RS
SÃO VENDELINO
22
102,36
MG
IGARATINGA
23
95,24
SP
MARINOPOLIS
24
94,50
SP
EMBAUBA
25
92,70
MG
SENADOR JOSE BENTO
26
92,59
RS
IPIRANGA DO SUL
27
90,23
RS
INDEPENDENCIA
28
89,37
RS
INHACORA
29
86,96
PI
SAO BRAZ DO PIAUI
30
86,64
SP
SAO BENTO DO SAPUCAI
31
86,21
PR
SAO MANOEL DO PARANA
32
85,77
PR
IGUARACU
33
81,58
MS
VICENTINA
34
81,49
RS
NICOLAU VERGUEIRO
35
80,13
GO
DIVINOPOLIS DE GOIAS
36
78,45
MG
PRESIDENTE JUSCELINO
37
78,19
MT
CAMPOS DE JULIO
38
77,87
SP
JERIQUARA
39
76,40
MT
CANABRAVA DO NORTE
40
76,05
RS
FAZENDA VILANOVA
41
75,08
MG
SAO JOAO DA MATA
42
74,79
SC
ITA
43
74,46
SE
NOSSA SENHORA DE LOURDES
44
74,32
RS
CAIBATE
45
73,84
TO
SAMPAIO
46
73,11
PR
SAO PEDRO DO PARANA
47
72,13
PE
TEREZINHA
48
71,94
TO
PUGMIL
49
71,16
BA
FEIRA DE SANTANA
50
70,68
SP
JABORANDI
Fonte: Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180/SPM-PR
 
Ligue 180 - Criada em 2005 pela SPM e parceiros, a Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180 é um serviço de utilidade pública que presta informações e orientações sobre onde às mulheres podem recorrer caso sofram algum tipo de violência. O atendimento funciona 24 horas, todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados. Durante os atendimentos, é preservado o anonimato.

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