Travestis da Paraíba estão sendo levados à Itália, garante professor
Leonardo Prado
Peterke: travestis são obrigados a fazer cirurgias de forma artesanal e insegura.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o tráfico de pessoas no Brasil está ouvindo hoje o professor adjunto do Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Sven Peterke, que realizou um diagnóstico sobre tráfico de pessoas na Paraíba. Este estudo compilou dados das ocorrências divulgadas entre 2005 e 2011, sistematizando as formas do tráfico de pessoas, perfil das vítimas e aliciadores e o comportamento da justiça diante dos crimes.
Segundo Peterke, um fato que chama a atenção na Paraíba é a ausência da condenação de pessoas devido ao tráfico internacional de pessoas. Ele afirmou que em estados vizinhos, como no Rio Grande do Norte, já existem condenações.
O pesquisador mencionou o tráfico internacional de travestis, que são aliciados no interior do estado e obrigados a fazer cirurgias de forma artesanal e insegura para em seguida viajarem para a Itália. De acordo com o professor, foram identificadas pelo menos 20 vítimas, sendo que houve uma morte em decorrência de uma cirurgia mal feita.
O pesquisador destacou também que a exploração sexual de crianças e adolescentes, o trabalho escravo nas fazendas e o trabalho doméstico são outros crimes relacionados com o tráfico de pessoas na Paraíba. O maior número, segundo dele, acontece na exploração sexual de menores.
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