quarta-feira, 14 de novembro de 2012


Mais da metade dos homens no Brasil apoiam métodos contraceptivos

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Relatório do Fundo da ONU para População destaca participação masculina no planejamento familiar; investimentos em contracepção poderiam poupar US$ 11 bilhões.
Foto: Unfpa/Raul Corredor
O acesso ao planejamento familiar poderia reduzir em US$ 11 bilhões, ou mais de R$ 22 bilhões, os custos com saúde materna e neonatal nos países em desenvolvimento. O destaque está no relatório "O Estado da População Mundial 2012", divulgado nesta quarta-feira pelo Fundo da ONU para População, Unfpa.Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*
O documento afirma que no Brasil, os homens buscam um maior envolvimento no planejamento de suas famílias. Assim como na Alemanha, México e Estados Unidos, mais da metade dos brasileiros apoiam o uso de métodos hormonais de contracepção e de preservativos.
Avanços
Além disso, os casos de gravidez indesejada estão diminuindo no país. A deputada portuguesa Mónica Ferro, que participou do lançamento do relatório em Portugal, falou à Rádio ONU, de Lisboa, sobre os progressos do Brasil.
"O Brasil tem feito um trajeto francamente positivo e tem valores que são de fato assinaláveis. O grande desafio no Brasil, neste momento, ainda é garantir que todas as comunidades tenham acesso universal à saúde sexual e reprodutiva e à técnica do planejamento familiar. O caminho está a ser bem trilhado. A reflexão que este relatório nos propõe é que devemos olhar para o desenvolvimento como um ciclo virtuoso, onde podemos detectar alguns pontos de entrada."
Direito
O relatório do Unfpa destaca que nos países em desenvolvimento, mais de 220 milhões de mulheres estão sem acesso à métodos contraceptivos.
O fundo da ONU lembra que o planejamento familiar é um direito humano e ignorar esse direito causa pobreza, exclusão social, saúde precária e desigualdade de gênero.
*Apresentação: Leda Letra.

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