quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Rastreamento on-line feito por anunciantes preocupa pais nos EUA, diz pesquisa

DA FRANCE-PRESSE

Ter os pais como amigos no Facebook provoca "reações diversas" nos adolescentes, diz pesquisa
Ter os pais como amigos no Facebook provoca
"reações diversas" nos adolescentes, diz pesquisa
Pais de adolescentes nos Estados Unidos estão atentos às atividades de seus filhos no Facebook e em outras redes sociais, o que tem provocado reações diversas nos jovens, diz um estudo divulgado nesta terça-feira (20).

A pesquisa do Pew Research Center's Internet & American Life Project revela que pais estão tomando medidas para monitorar atividades on-line dos filhos. Entre suas principais preocupações estão o rastreamento por anunciantes e a interação com estranhos.
Mary Madden, uma das coautoras do relatório, diz: "Os pais estão preocupados com uma grande quantidade de riscos on-line para seus filhos, mas é particularmente impressionante que o nível de preocupação sobre coleta de dados por anunciantes alcance ou exceda outras preocupações sobre a atividade de seus filhos na rede".
O estudo, feito em colaboração com o Berkman Center for Internet & Society da Universidade Harvard, diz que "alguns jovens parecem preferir não adicionar seus pais como amigos" nas redes sociais, mas que outros "têm uma atitude positiva" sobre isso.
Sandra Cortesi, do Berkman Center, diz que adolescentes têm "reações diversas sobre serem amigos de seus pais" em serviços como o Facebook.
"Alguns adolescentes gostam do fato de serem amigos de membros da família", diz ela.
"Outros usuários jovens preferem não adicionar seus pais, mas o fazem porque isso é algo que se espera deles. E outros ainda mantêm seus perfis em segredo ou restringem o acesso dos pais a informações."
Cerca de 50% dos pais que usam redes sociais já comentaram ou responderam diretamente a algo que foi postado no perfil ou na conta de seus filhos, dizem os pesquisadores.
O estudo sugere que os pais estão monitorando atividades on-line dos adolescentes por causa de persistentes temores sobre uma série de riscos.
Enquanto cerca de 53% dos pais dizem estar "muito preocupados" sobre como seus filhos interagem com estranhos na rede, 46% dizem sentir o mesmo sobre a quantidade dados coletados por anunciantes on-line que rastreiam as atividades dos adolescentes.
Os pais nos Estados Unidos também se preocupam com a possibilidade de atividades em redes sociais prejudicarem a reputação de seus filhos. Dois terços dizem estar preocupados sobre como seus filhos gerenciam sua reputação on-line.
Os pesquisadores dizem que 59% dos pais de adolescentes que usam redes sociais conversaram com seus filhos porque estavam preocupados com algo publicado em seu perfil ou conta.
Quase quatro em cada dez pais já ajudaram seus filhos a definir configurações de privacidade em uma rede social, e 50% já usaram ferramentas de controle para pais ou outros meios de bloqueio, filtro ou monitoração de atividades on-line.
Além disso, 42% já procuraram o nome de seus filhos on-line para ver que informações apareceriam sobre eles.
O estudo foi baseado em uma pesquisa com 802 pais e seus 802 filhos com idade de 12 a 17 anos conduzida entre 26 de julho e 30 de setembro.

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