quinta-feira, 17 de janeiro de 2013


Famílias modernas: monitoramento versus privacidade

Nunca foi tão fácil monitorar crianças. Isso é bom para os pais, mas não para a privacidade

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Monitoração está mais barata e prática
(Fonte: Reprodução/The Economist)
Até mesmo os luditas gostam da ideia de manter um olho eletrônico observando os jovens. Durações de bateria mais longas e a miniaturização estão tornando a monitoração mais barata e prática.
O modo mais fácil de fazê-lo é usar smartphones. Muitas companhias de telefonia celular oferecem serviços de monitoramento de crianças a taxas extras, mas o número de aplicativos grátis de monitoramento está crescendo rapidamente. A Berg Insight, uma empresa de pesquisas, estima que 70 milhões de americanos e europeus monitorarão familiares em 2016.
Esses serviços e dispositivos pode fornecer a localização de uma criança, ou enviar alertas a respeito de seu comportamento: quando voltam para casa, ultrapassam um limite determinado ou saem à noite. A detecção de velocidade revela quando alguém está em um veículo — e se o limite de velocidade está sendo ultrapassado.
Mas e a privacidade? Os entusiastas do serviço afirmam que o monitoramento garante mais liberdade, não menos. Pais que sabem que podem encontrar seus filhos com facilidade podem estar mais dispostos a deixá-los livres e os adolescentes não têm que receber ligações irritantes.
Os críticos afirmam que o monitoramento não protege as crianças de fato. Sequestradores argutos utilizarão telefones ou outros dispositivos (por ora, os chips de monitoramento implantáveis ainda são coisas de filmes de espionagem). E, de qualquer modo, estranhos raramente: os pais são os assassinos mais prováveis, e acidentes são um perigo muito mais grave que qualquer ataque.
Outros temem que as crianças que se submetam ao monitoramento nas escolas aceitarão mais prontamente a vigilância estatal na vida adulta.
Serviços que ajudam as crianças a divulgarem suas localizações, talvez mediante o “check in” em diferentes locais conforme se deslocam, tranquilizam os adultos e representam menos aborrecimentos para os jovens.

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