terça-feira, 22 de janeiro de 2013


Grupo de mães de 'primeira viagem' se reúne e troca experiências no RS

Grupo de nove mulheres se reúne há cerca de seis meses na cidade.

Mães trocam dicas e artigos e formam rede de apoio para as amigas.


Do G1 RS

Grupo de mães se reúne sempre na casa de uma integrante (Foto: Arquivo Pessoal)
Grupo de mães se reúne sempre na casa de uma integrante (Foto: Arquivo Pessoal)

Um grupo onde existe apenas um pré-requisito para ser integrante: ter um bebê. Para nove mulheres de Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul, profissão, idade ou crenças não importam. Elas resolveram se juntar para falar exclusivamente sobre a maternidade. Os filhos, que têm entre seis e nove meses, são sempre o principal assunto.
O grupo de "mommys", como é chamado pelas fundadoras, começou a partir de um curso de gestantes oferecido por um hospital da cidade. As mamães de primeira viagem passaram a levar a amizade e o companheirismo para fora da sala de aula. "Inicialmente, eram apenas duas amigas. Depois, cada uma foi apresentando outras mães que conheciam. Quando nos demos conta, estávamos visitando umas às outras na maternidade e em casa. Foi quando criou-se o grupo", conta a educadora física Josi Mara de Oliveira, de 30 anos.
A dinâmica do grupo consiste em encontros quinzenais, cada vez na casa de uma integrante. Quem oferece o local fica responsável por preparar o chá e oferecer petiscos. Os bebês vão sempre junto. Em pauta nas conversas, estão questões como amamentação, creches, a papinha e o desenvolvimento dos pequenos. A ideia é trocar dicas e tirar dúvidas a partir da experiência das amigas. Além das reuniões, as "mommys" mantêm contato diariamente pelas redes sociais, onde criaram um grupo virtual. Lá, postam artigos e debatem sobre as dificuldades de criar um nenê.
Entre uma conversa e outra, mães dão atenção aos bebês (Foto: Arquivo Pessoal)
Entre uma conversa e outra, mães dão atenção aos bebês
(Foto: Arquivo Pessoal)
Acostumadas a se ver a cada 15 dias, elas garantem que não sabem como suas próprias mães sobreviveram sem a oportunidade de compartilhar as partes boas e ruins da maternidade. A psicóloga Camila Pires, de 30 anos, soube do grupo por meio de um colega de trabalho e já não consegue se imaginar sem os encontros. "Todo mundo é muito solidário. Se um filho está quietinho, brincando bem, a mãe se oferece para ajudar com outro que está chorando. Quando meu bebê foi hospitalizado, com suspeita de meningite, todas me ligavam e enviavam mensagens", contou ao G1.
As reuniões foram oficializadas há cerca de seis meses. No início, os filhos ficavam nos chamados bebê conforto, cadeiras onde a criança se mantém deitada e presa por um cinto. Bastava colocar um filme infantil para que todos se acalmassem. Entre uma conversa e outra, algumas mães paravam para amamentar e dar atenção aos filhos. Mas o bate-papo, atualmente, é diferente. Algumas crianças já começaram a engatinhar, por isso é necessário ter atenção maior. Nada que atrapalhe a amizade das mulheres, porque a bagunça e as interrupções agradam.
O companheirismo entre elas traz também um alívio. Diante de tantas dúvidas causadas pela maternidade, as integrantes deixaram de falar sobre a criação de um bebê com quem não está interessado no assunto. "Às vezes, é chato você começar um papo de mãe com quem não é. Com os encontros, saímos aliviadas", relata a assistente administrativa Renata Ferreira, de 31 anos.
Elas já constaram que o foco das conversas muda conforme os bebês vão crescendo. Nos últimos encontros, um dos debates girou entorno das festas de aniversário de um ano. Os temas variam, mas os filhos são sempre o elo que as mantêm unidas. As mamães consideram que o grupo está fechado. O objetivo é evitar a ampliação para que as reuniões continuem a ser íntimas.
Bebês estão sempre junto no encontro das mães (Foto: Arquivo Pessoal)
Bebês estão sempre junto no encontro das mães (Foto: Arquivo Pessoal)

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