Refugiados desaparecidos do Sudão podem ser vítimas de tráfico de pessoas, alerta ACNUR
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) pediu nesta sexta-feira (25) por uma ação internacional para impedir o desaparecimento forçado de refugiados eritreus nos campos no leste do Sudão, que podem ser sequestrados ou traficados para fins de casamento ou trabalho forçados e exploração sexual.
“Nos últimos dois anos, temos visto pessoas desaparecendo dos campos Shagarab – algumas delas sequestradas e outras provavelmente pagando para serem contrabandeadas para outros lugares”, afirmou a porta-voz do ACNUR, Melissa Fleming. No período, 619 pessoas deixaram os campos – 551 só em 2012, além de casos não confirmados. É difícil, porém, determinar o número de saídas voluntárias contra as forçadas.
Nesta semana, quatro mulheres refugiadas foram supostamente sequestradas dos campos Shagarab durante a noite e início da manhã de 22 de janeiro. Refugiados no campo, que abriga 29.445 pessoas, também informaram o sequestro na semana passada.
Revoltados com os incidentes, alguns refugiados atacaram membros de uma das tribos locais, que julgavam responsáveis. A violência que se seguiu deixou vários feridos entre a população de acolhimento e os refugiados, mas a calma já foi restaurada.
Fleming informou que o ACNUR está trabalhando com as autoridades sudanesas, a Organização Internacional para as Migrações e outras agências humanitárias para reduzir o risco de raptos e sequestros na região.
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