TJSE Estuda inclusão de tema direitos da mulher no currículo escolar
O Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE) realizou, na terça-feira (28/1), uma reunião na Secretaria de Estado da Educação (Seed) para discutir a inclusão dos temas direitos da mulher e direitos humanos no currículo das escolas da rede. Acompanhada de representantes de outros órgãos, a juíza coordenadora da mulher do TJSE, Rosa Geane Nascimento, foi recebida pelo secretário Belivaldo Chagas, que prometeu discutir o assunto com o Conselho Estadual de Educação.
Conforme a juíza, um ofício tratando do assunto foi enviado para a Seed em novembro do ano passado. “Enviamos esse ofício com a finalidade de começar em Sergipe um movimento que Brasília já iniciou, com a inclusão dos temas relacionados aos direitos da mulher nos currículos das escolas públicas e privadas. É urgente essa mudança de mentalidade, baseada em relações livres de preconceito, machismo, sexismo, discriminação e violência. Sou professora desde 1986 e sei a importância da educação como instrumento de transformação da sociedade”, ressaltou a magistrada.
Também esteve na reunião a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da OAB de Sergipe, Adélia Pessoa, que falou sobre a união de vários movimentos nesse pleito, como a Comissão da OAB, a Coordenadoria da Mulher do Tribunal, a Secretaria de Estado dos Direitos Humanos, a Secretaria de Estado de Políticas Públicas para as Mulheres. “Ou seja, temos um ambiente que se propõe a pensar junto”, enfatizou Adélia.
Segundo a secretária adjunta do Estado dos Direitos Humanos, Selma Amorim, já existe uma parceria com a Seed. “Levamos o tema direitos humanos para as escolas em quatro palestras nos meses de novembro e dezembro passados. Mas nossa preocupação é que isso seja normatizado através de resolução e, assim, todas as escolas poderão trabalhar a transversalidade”, opinou Selma.
A ideia foi compartilhada pela secretária adjunta de Políticas para as Mulheres, Maria da Pureza Sobrinha. “Sabemos que já existe uma preocupação do governo de trabalhar a transversalidade. Visitamos as escolas ministrando palestras sobre essa temática”, completou. Mas para a coordenadora da Mulher do TJSE, palestra é diferente de aula. “É preciso que a formação seja continuada e, por isso, o tema deve ser incluído no currículo”, sugeriu Rosa Geane.
Fonte: TJSE
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