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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013


A trajetória de Condoleezza Rice: ela venceu o preconceito e virou secretária de Estado

Nascida no Alabama, Condoleezza se tornou símbolo da ascensão dos negros nos Estados Unidos

Maria Laura Neves

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Condoleezza Rice diz que aprendeu a
não posar de vítima das circunstâncias
(
Foto:  Corbis/Latinstock)
Quando Condoleezza Rice nasceu, na cidade de Birmingham, no Alabama, em 1954, as crianças negras não podiam estudar nas mesmas escolas que as brancas. Também não podiam sentar lado a lado nos ônibus nem tomar água no mesmo bebedouro. Tudo por causa das leis de Jim Crow, que legitimavam a segregação racial e faziam com que os negros fossem tratados com inferioridade em relação aos brancos. Elas duraram até 1965 e valiam para os estados do sul dos Estados Unidos. Numa cruel manifestação do ódio racial daqueles tempos, um grupo de terroristas jogou uma bomba em uma escola de crianças negras. Condoleezza, tantas vezes vítima direta do racismo, perdeu uma amiga no episódio. Em dezembro, diante de uma plateia de brasileiros, no Women in the World, fórum que debate os direitos das mulheres, ela contou que foi seu pai, pastor presbiteriano, quem a ajudou a enfrentar tantos traumas. "Não podemos mudar as circunstâncias, mas podemos controlar as reações que temos a elas", dizia ele, nos momentos de dor, a sua única filha. A frase serviu de lema para a vida da menina que, depois de seguir uma sólida carreira acadêmica, tornou-se a primeira mulher a ocupar um cargo do altíssimo escalão do governo americano.
Na juventude, Condoleezza queria ser pianista, mas, ao se dar conta de que não possuía talento para viver da música, decidiu estudar política. Formou-se aos 19 anos pela Universidade de Denver. Aos 20, tinha mestrado na mesma área e, aos 26, tornou-se Ph.D. no assunto. No começo da década de 1980, como bolsista na Universidade de Stanford, na Califórnia, começou a pesquisar a então União Soviética, tema que virou sua especialidade e alçou-a ao posto de conselheira do ex-presidente americano George W. Bush, em 2001. No início do segundo mandato dele, em 2005, tornou-se secretária de Estado e passou a responder pela política externa do governo americano. Sua principal meta era prevenir e combater o terrorismo. Foi muito criticada pela atuação de seu país na Guerra do Iraque (2003- 2011), com alto índice de mortalidade de soldados e civis. Também por ter autorizado o uso da tortura como técnica de interrogatório nas prisões. Hoje, ela não está ativa na política. É professora de ciências políticas em Stanford e nega os boatos de que vá sair candidata à Presidência.

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