quarta-feira, 10 de abril de 2013


Até 2015, Angola pode redobrar esforços para baixar mortes materno-infantis

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Unicef  destaca como prioridades áreas como malnutrição, saneamento básico e acesso à água segura; abordagem "Receita da Felicidade" envolve igrejas e  dezenas de comunidades do país.
Foto: Banco Mundial
Herculano Coroado, da Rádio ONU em Luanda.
A cerca de 1 mil dias do fim do prazo das Metas de Desenvolvimento do Milénio, Angola pode redobrar os esforços para o seu cumprimento. A informação foi dada à Rádio ONU, em Luanda pelo representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, no país.
Koenraad Vanormelingen disse os angolanos têm desafios a nível da malnutrição, saneamento básico e acesso à água segura que influenciam na meta da redução da mortalidade materno infantil.
Redução
"A nível da saúde infantil a pauta de reduzir em 3 terços a mortalidade infantil e limitar a mortalidade materna. Neste momento acho que desde 1990 que era a base de cálculo da meta, Angola tem vindo a cumprir em 30% da pauta da redução da mortalidade e 20% de redução da mortalidade materna. Está a fazer progressos, mas apenas fica a mil dias para cumprir com a meta. Então, nós estamos a apelar ao governo para acelerar os esforços, porque podem ainda cumprir com os objetivos de os redobrar.”
O governo angolano reconhece a dimensão do desafio e apoia a iniciativa de competências familiares que envolve 11 igrejas do país. Como parte do projeto está integrada a Receita da Felicidade. Vários ativistas promovem atividades junto de famílias mais desfavorecidas.
Famílias
A Pastoral da Criança, uma organização não-governamental da Igreja Católica, é um dos exemplos da abordagem, e trabalha com 700 famílias. No total, 6 mil agregados foram envolvidos na iniciativa na capital angolana.
Em declarações à Rádio ONU, em Luanda, a chefe do departamento da política familiar do Ministério da Família e Promoção da Mulher, Alberta Laurinda Domingos, prometeu manter os esforços.
Pobreza
"Mediante o tempo nós sabemos que as pessoas estão mesmo a mudar de comportamento. "Ao passarmos essas mensagens, já não haverão muitos problemas com a saúde, alerta a responsável,”Isto quer dizer que também vão gastar menos. Aquilo que gastavam para os medicamentos já não vão fazê-lo. É uma forma de ajuda na redução da pobreza. Porque o que seria para a consulta e medicamentos é agora posto na alimentação como leite ou alguma outra coisa."
Tal como para o Unicef, as autoridades angolanas acreditam que o controlo das enfermidades passa pela qualidade do ambiente e a mudança do comportamento das famílias em relação ao seu próprio bem-estar.
Os alvos prioritários são complicações neonatais e doenças incluindo a a malária, as diarreias, as infeções respiratórias agudas e as enfermidades imunopreveníveis, responsáveis pelo maior número de óbitos de crianças antes dos cinco anos.

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