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sábado, 20 de abril de 2013


Voluntários ensinam capoeira para crianças e adolescentes em Araras


Atividade é oferecida por professores e é gratuita no Jardim Ometto.

Para participar das aulas jovens devem estar matriculados na escola.

Do G1 São Carlos e Araraquara

Um trabalho voluntário realizado há 10 anos dá oportunidade para crianças e adolescentes aprenderem a arte da capoeira em Araras (SP). A atividade é oferecida de graça no Jardim Ometto.
Originada durante a escravidão, a capoeira se tornou um esporte admirado e praticado por muitos. A única exigência para participar do projeto, é que as crianças e adolescentes estejam matriculados na escola.
Para o professor de capoeira Steven de Lima, a prática melhora o convívio social com a família, as crianças ganham autoestima e motivação. “A capoeira ajuda as crianças a terem uma nota boa na escola e muitos pais depois me agradecem”, contou.
Mesmo as crianças mais novas aprendem a fazer todo tipo de movimento. “É o meu esporte preferido. Quando eu vi minha irmã treinando capoeira eu sempre pedia para ela me levar, pra eu treinar. Quando comecei gostei e aprendi aqui tudo o que eu sei até agora”, falou Richard Martoni de 6 anos.
O professor “mestre samurai” José Cícero de Lima, apaixonado pela capoeira, foi quem resolveu ensinar as crianças carentes do Jardim Ometto, onde morava em Araras. “Muitos adolescentes que treinam aqui começaram crianças; alguns já são pais e trazem também os filhos. Ensinar é o meu maior orgulho, nosso foco é trazer os jovens para praticar a arte da capoeira que é uma cultura 100% brasileira”, explicou.
    Trabalho voluntário dá aulas de capoeira para crianças e adolescentes há 10 anos em Araras (Foto: Reginaldo dos Santos/EPTV)
    Trabalho voluntário ensina capoeira para crianças e adolescentes
    (Foto: Reginaldo dos Santos/EPTV)
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O projeto com mais de 10 anos já ensinou cerca de 1,2 mil adolescentes e crianças. Os jovens aprendem muito mais do que seguir o ritmo do berimbau, alguns ganham uma profissão e um destino diferente.
Segundo Ezequiel Estevão, professor de capoeira, com a prática, crianças e adolescentes ficam longe da violência. “Falo por experiência própria. Se não fosse a capoeira, eu estaria agora junto com amigos que estão na cadeia por causa do tráfico de drogas. A capoeira me ajudou muito ao me tornar um profissional na área, ela é tudo na minha vida”, afirmou.
Quando começou a frequentar as rodas, Lucas Caleffi tinha apenas 10 anos. De aprendiz, virou professor. “Eu achava que ia chegar a uma etapa em que eu ia parar, não ia mais frequentar a capoeira, mas não foi bem assim, hoje ela significa esperança, batalha, luta e profissão para mim”, ressaltou.
A capoeira demonstra a admiração das crianças e é motivo de esperança para os pais. “Meus filhos estavam ruins de nota na escola, como eles querem vir no projeto, então eu digo que para vir, eles têm que ser bons na escola. Então já mudaram bastante. Eu não tive essa chance, quero que eles tenham, façam uma faculdade e se formem”, falou a dona de casa Rose Lima da Silva.

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