terça-feira, 16 de julho de 2013

Histórias de mulheres resistem à Guerra Civil Espanhola

"A Voz Adormecida" acompanha o drama de mulheres aprisionadas após a vitória dos fascistas

ALEX XAVIER
Inma Cuesta é prisioneira da repressão fascista no filme "A Voz Adormecida": a história é baseada no romance de Dulce Chacón (Foto: Divulgação)
Inma Cuesta é prisioneira da repressão fascista no filme "A Voz Adormecida":
a história é baseada no romance de Dulce Chacón (Foto: Divulgação)
Na Madri de 1940, um ano após a vitória dos fascistas na Guerra Civil Espanhola, os militares, liderados pelo general Francisco Franco seguem eliminando presos políticos – muitos deles aleatoriamente acusados de traição – em nome de uma nova nação. O filme de Benito Zambrano (diretor de Solas e Habana Blues) acompanha duas irmãs que tentam sobreviver em meio à repressão. Hortencia (Inma Cuesta) está detida no cárcere de Las Ventas e assiste às execuções diárias de companheiras de cela. Sua vez só não chegou ainda porque está grávida. 
A irmã caçula Pepita (María León) parte do sul do país para ficar mais próxima dela. Ingênua, a jovem nutre esperanças de que a irmã seja perdoada. E, mesmo tentando manter-se longe do conflito, é induzida a ajudar os revolucionários que são ainda caçados nos arredores da capital. A visão das mulheres sobre o histórico momento exige bastante do elenco feminino, muito bem representado. A trama é baseada no romance homônimo de Dulce Chacón (1954-2003), mas, ao contrário do livro, não se aprofunda tanto na história das personagens secundárias.
A VOZ ADORMECIDA *** (La voz dormida, Espanha, 2011). Gênero: drama histórico. Duração: 128 min.

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