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sábado, 13 de julho de 2013

Justiça nega habeas corpus que impediria prisão de Christiano Rangel

Advogado diz que suspeito não se apresentará até julgamento de recursos.
Empresário baiano já namorou a atriz Luana Piovanni.

Do G1 BA

Ex namorada mostra as marcas da agressão que teria sido cometida por Christiano Rangel (Foto: Arquivo Pessoal)Ex namorada mostra as marcas da agressão que
teria sido cometida por Christiano Rangel
(Foto: Arquivo Pessoal)
A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) negou o pedido de habeas corpus impetrado pelo advogado de Christiano Rangel, empresário baiano acusado de ameaçar, agredir e submeter a cárcere privado a ex-namorada, Aída Nunes, no mês de janeiro, em Salvador.
Os desembargadores negaram o pedido por unanimidade na quinta-feira (11). Rangel teve a prisão preventiva decretada em maio, pela 1ª Vara de Violência Doméstica e Família contra a Mulher.
Segundo informações de Fabiano Pimentel, advogado do réu, Christiano Rangel não irá se apresentar à polícia até que os recursos sejam julgados. "Na próxima semana vamos entrar com um recurso junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para reverter a decisão", disse.
De acordo com o advogado, Rangel não deve ser preso por não apresentar riscos à sociedade. "Não há motivo para que fique preso durante o curso do processo. Ainda que seja condenado, ele receberá pena alternativa. Não há lógica para que seja preso e solto para cumprir uma pena que deve ser inferior a quatro anos, ou seja, que cabe pena alternativa", defendeu o advogado.
Pimentel informou ainda que Christiano Rangel não está na Bahia. "Ele está trabalhando em outro estado. Vamos ao STJ e ao Supremo Tribunal Federal, se precisar", finalizou. Não foi informado o estado onde está o empresário.
Por não se apresentar à polícia, Rangel é considerado foragido e, caso encontrado, pode ser preso. Contra ele também corre uma medida protetiva, que o obriga a manter distância mínima de 300 metros da ex-namorada. Além disso, o empresário é proibido de manter contato com a vítima.
O caso
Após a denúncia de agressão, o advogado de Cristiano Rangel esteve na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), no bairro de Brotas, em Salvador. Segundo Fabiano Pimentel, havia a expectativa de que seu o cliente fosse até a unidade policial, no mês de janeiro, mas foi solicitado o adiamento de audiência para que pudesse ter acesso às informações do inquérito policial.
A defesa de Cristiano Rangel não se manifestou a respeito da decisão judicial que obriga o empresário a manter uma distância mínima de 300 metros da ex-namorada que o acusa de agressão, informou o advogado. "Ele não quer se aproximar dela", completou. O empresário, que namorou Luana Piovani e outras famosas, não deve falar com a imprensa antes ir à depoimento.
Aída Nunes e Cristiano Rangel, Salvador, Bahia (Foto: Reprodução/Jornal da Globo)
Aída Nunes e Cristiano Rangel
(Foto: Reprodução/Jornal da Globo)
Versão da agredida
A amazona Aída Nunes, 30 anos, disse que sofreu uma tentativa de homicídio por parte de Cristiano. Ela prestou queixa de agressão na Deam. "Eu sofri tentativa de homicídio durante a comemoração do meu aniversário, um momento muito especial para mim, com todos os meus amigos presentes. Eu não sei qual é o motivo que uma pessoa tem para espancar a outra, eu realmente não sei", disse.

Segundo a administradora, o ex-namorado, com quem se relacionou durante cerca de um ano e meio, já a agrediu de outras formas algumas vezes. "Não foi a primeira vez que eu fui agredida por ele, de forma mais leve, verbais, e acreditando até em uma melhora dele como ser humano. Não conseguia acreditar no tamanho da maldade de uma pessoa que conviveu comigo. O que me levou a denunciar foi justamente o fato de outras mulheres sofrerem isso também. Não acho justo. A maioria das mulheres tem medo de denunciar para não se expor", contou.
De acordo com Artus Guimarães, advogado de Aída Nunes, ela namorou com Rangel por quase dois anos. O casal chegou a morar juntos entre abril e novembro de 2012, quando chegou ao fim o relacionamento. Artur Guimarães afirmou que Aída relatou que ameaças e uma agressão anterior a ocorrida no dia 12 motivaram o fim do romance. "Ela chegou a registrar uma queixa de agressão contra ele antes dessa, mas não deu prosseguimento ao processo", disse o advogado da vítima.

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