terça-feira, 27 de agosto de 2013
Orfanatos estão fechando, mas não rápido o suficiente
Os grandes lares infantis estão saindo de moda (Reprodução/Economist)
LARES INFANTIS
Ao redor do mundo, estima-se que 2 milhões de crianças moram em orfanatos. Os números reais podem ser maiores
Algumas são resquícios dos tempos soviéticos, quando governos do bloco tomaram para si a responsabilidade pelas crianças nascidas com deficiências (ocasionalmente contra a vontade de suas famílias). Os orfanatos indianos geralmente abrigam meninas abandonadas, muitas das quais só saem depois que casam. Na China, cerca de 800 “instituições de bem-estar social”, controladas pelo governo, abrigam crianças ou pessoas com deficiências leves. Os centros de caridade na África operam instituições para aquelas cujas famílias morreram em genocídios ou devido ao HIV/AIDS. Mas um feliz fato une esses lugares áridos – os grandes lares infantis estão saindo de moda.
Na Romênia, que já foi famosa por seus orfanatos decrépitos, o número de crianças que vivem em instituições caiu de mais de 32 mil em 2004 para 9 mil no ano passado. Na Moldávia, o total caiu cerca de 62% entre 2007 e 2012, para 4.933. Em Ruanda, o número de orfanatos caiu de mais de 400, há cinco anos, para apenas 33 em 2012, e o governo prometeu fechar todos até 2014. A Geórgia tinha 41 instituições há 10 anos; hoje tem três.
A reforma é essencial, por três motivos. Primeiro, as grandes instituições são deletérias. John Williamson do Better Care Network, um centro de caridade, e Aaron Greenberg, da ONU, argumentam que para cada três meses que uma criança fica em uma instituição, ele ou ela perde um mês de desenvolvimento. Os níveis de QI de crianças que permanecem em grandes lares são menores do que os daqueles que são colocados em lares adotivos. Ambos os grupos tiveram resultados menores que aqueles que não cresceram em instituições.
Em segundo lugar, os orfanatos podem impedir que as crianças morem com as famílias que têm. Muitas crianças institucionalizadas não estão verdadeiramente sozinhas – até 90% delas têm pais vivos, diz Georgette Mulheir, da Lumos, um grupo de campanha britânico.
Terceiro, as instituições são caras. Elas precisam de uma equipe para cozinhar, limpar e orientar as crianças, e de dinheiro para aquecer e manter os grandes prédios.
Estudos do Banco Mundial e da Save the Children dizem que as instituições custam entre seis e dez vezes mais do que dar apoio a crianças em uma família.
Fontes:
The Economist-The nanny state
http://opiniaoenoticia.com.br/internacional/orfanatos-estao-fechando-mas-nao-rapido-o-suficiente/
Nenhum comentário:
Postar um comentário
‹
›
Página inicial
Ver versão para a web
Nenhum comentário:
Postar um comentário