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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Acusados de estupro coletivo são condenados à morte na Índia

Segundo a Justiça, os quatro adultos estupraram e torturaram uma jovem estudante em dezembro do ano passado dentro de um ônibus em Nova Délhi. Juiz definiu crime como "extraordinário entre os extraordinários"

REDAÇÃO ÉPOCA, COM AGÊNCIA EFE
População aguarda sentença final da Justiça para os quatro envolvidos no estupro coletivo de uma jovem em dezembro do ano passado, dentro de um ônibus em Nova Délhi.  Os quatro foram condenados à pena de morte (Foto: AP Photo/Altaf Qadri)
População aguarda sentença final da Justiça
para os quatro envolvidos no estupro coletivo
de uma jovem em dezembro do ano passado,
dentro de um ônibus em Nova Délhi.
Os quatro foram condenados à pena de morte
(Foto: AP Photo/Altaf Qadri)
Os quatro adultos acusados de estuprar e matar a jovem indiana Jyoti Singh Pandey, então com 23 anos, em um ônibus em Nova Délhio em dezembro de 2012, foram condenados à morte nesta sexta-feira (13) pela Justiça da Índia. Mukesh Singh, Vinay Sharma, Akshay Thakur e Pawan Gupta foram declarados culpados na terça-feira (10) por 13 acusações, entre elas sequestro, estupro e assassinato. 
Diante da gravidade do crime, o juiz Yogesh Khanna afirmou que trata-se de um "caso extraordinário entre os extraordinários". "Este caso exige um castigo exemplar com a morte. Nestes tempos em que os crimes contra as mulheres estão aumentando, os tribunais não podem fechar os olhos", disse Khanna. Ao declarar a sentença, o juiz afirmou que o caso "comoveu a consciência coletiva" do país.
A decisão foi aplaudida pela maior parte dos presentes no tribunal. Exceto, claro, pela defesa. Após escutar a sentença, um dos acusados, o monitor escolar Vinay Sharma, começou a chorar. Seu advogado gritou ao juiz que a decisão "não é a vitória da verdade mas a derrota da justiça".
O estupro coletivo sofrido pela jovem chocou toda a comunidade internacional. No dia 16 de dezembro do ano passado, a estudante de fisioterapia foi estuprada e torturada com uma barra de ferro por seis homens após entrar em um ônibus em Nova Délhi, capital da Índia, quando voltava do cinema com o namorado. Com ferimentos graves, como fraturas internas, a jovem foi levada a um hospital de Cingapura, mas acabou morrendo 13 dias após a internação. 

Em protesto, indianos pedem que a Justiça condene os quatro acusados à morte por estuprar e matar uma jovem de 23 anos em dezembro do ano passado em Nova Délhi  (Foto: AP Photo/Saurabh Das)
Em protesto, indianos pedem que a Justiça condene os quatro acusados
à morte por estuprar e matar uma jovem de 23 anos em dezembro
do ano passado em Nova Délhi (Foto: AP Photo/Saurabh Das)
Um quinto envolvido no crime, menor de idade, foi condenado em outro julgamento a três anos de reclusão em uma unidade correcional.  O sexto acusado, maior de idade, teria se suicidado na prisão enquanto aguardava o julgamento, segundo a versão da polícia. 
Desde o crime, há nove meses, a Índia vive um estado de tensão pelas contínuas acusações de agressões sexuais divulgadas pela imprensa local e internacional. O ataque, extremamente violento, gerou uma onda de protestos na Índia e em países vizinhos, levando a um profundo debate sobre a discriminação e a violência sofridas pelas mulheres no país. Diante das mobilizações populares, o governo indiano foi forçado a modificar a legislação e endurecer as penas contra os crimes sexuais e a criar cortes de via rápida para os casos de estupro, entre outras medidas.

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