Foto: Tainan Pimentel/Ascom
Secretária-adjunta da SPM participou de início das atividades da unidade móvel em Planaltina
Com informações da Ascom SEM-DF
As duas Unidades Móveis de Acolhimento à Mulher do Campo e da Floresta do Distrito Federal começaram a funcionar, na quarta-feira (09/10), no Núcleo Rural de Tabatinga, em Planaltina. No primeiro dia, mais de 20 mulheres da comunidade participaram de palestras sobre a Lei Maria da Penha e sobre os serviços da rede especializada de atendimento às mulheres em situação de violência. Após Tabatinga, o ônibus segue para outras localidades rurais do DF.
De acordo com a secretária-adjunta de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres da SPM-PR, Rosangela Rigo, as unidades móveis aproximam os serviços especializados de enfrentamento à violência doméstica – como delegacias e centros de referências – das mulheres do campo, levando um atendimento humanizado. “As unidades móveis atendem a uma reivindicação da Marcha das Margaridas e respondem a um dos eixos da Política de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres”, ressaltou.
Rosangela Rigo destacou que, dos dois mil atendimentos feitos pela Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, da SPM, procedentes de áreas rurais, nos primeiros seis meses de 2013, quase 7% dos relatos (37.582) foram de violência contra as mulheres. Acrescentou que a expectativa da SPM é fortalecer os serviços prestados às moradoras do campo e da floresta, por meio das 54 unidades móveis, que estão sendo doadas pelo órgão a todos os estados brasileiros e Distrito Federal.
Unidades móveis - Os ônibus fazem parte do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres e se somam ao programa "Mulher, Viver sem Violência", do governo federal, e foram doados pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR) ao governo do Distrito Federal (GDF), em agosto. A Secretaria da Mulher do DF é responsável pela gestão de logística e itinerário dos veículos, assim como pelos serviços de atendimento.
Aprovação - Moradora da região, Maria Luiza considerou a atividade produtiva. “É uma força que está sendo dada para as mulheres do campo”, declarou. Já Alba Antônia acredita que os ônibus podem orientar e atender as mulheres que estiverem precisando de ajuda. “Podemos conhecer melhor a nossa lei e ajudar as mulheres que estão sofrendo violência”, acrescentou Rafaela, que vive no núcleo rural.
Estado presente – A secretária da Mulher do DF, Olgamir Amancia, disse que as unidades móveis estão invertendo a ordem que estava estabelecida. “Em vez de as pessoas irem ao Estado, é o Estado que está indo até as pessoas, para oferecer os seus serviços”, afirmou durante evento na abertura dos trabalhos. “Com esse serviço, estamos dando dignidade às mulheres do campo e da floresta. Somos a maioria da população e não podemos ser tratadas de forma diferente”, disse a secretária.
A diretora do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do DF, Vanda Rodrigues Corsa, mostrou-se exultante com a iniciativa. “A área rural está sendo contemplada com um serviço que até então era restrito às áreas urbanas. E são as mulheres do campo as que mais sofrem com violência”, disse ela.
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