sexta-feira, 11 de outubro de 2013

‘New York Times’ destaca ‘Cura Gay’ - Opinião e Notícia

Em uma matéria de destaque, articulistas convidados do 'New York Times' defendem o direito de psicólogos de tentarem mudar a orientação sexual de seus pacientes em sessões de análise

Enquanto no Brasil artistas tentam proibir biografias não-autorizadas, ou no mínimo cobrar por elas, por acreditarem que o direito à livre expressão não é absoluto quando esbarra na privacidade, nos Estados Unidos um dos maiores jornais publica um editorial de um colaborador, defendendo a versão americana da ‘Cura Gay’, através de uma apelação ao direito à livre expressão incluído na Primeira Emenda da Constituição americana.

O artigo é de dois advogados, Paul Sherman e Robert McNamara, que se posicionaram, nesta quarta-feira, 9, sobre uma decisão judicial de alterar uma lei da Califórnia, que proíbe psicólogos de tentarem “reverter” a homossexualidade de pacientes menores de idade com sessões de terapia. O tribunal determinou que a terapia é uma “conduta” e não uma “fala”, portanto não merece a proteção da Primeira Emenda e pode ser alvo de proibições.

Os advogados criticaram essa decisão. O nome do editorial, “Protegendo o discurso que odiamos”, dá uma pista por que caminho a publicação vai seguir. Primeiramente criticando a tentativa de cura dos homossexuais, eles buscam explicar que, mesmo assim, o direto a esse tipo de “discurso” deve ser protegido. Em um trecho, eles dizem “achamos que o mundo seria um lugar melhor se os autores [da ação penal] aceitassem gays por quem eles são, em vez de tratá-los como se estivessem doentes e precisassem do que é eufemisticamente chamado de ‘terapia reparadora”.

Segundo eles, nada disso tem a ver com a questão central, que é o aconselhamento individual, que envolve a liberdade de expressão do médico. Para os dois, tratar esse tipo de conversa como “conduta” ou “tratamento” e não “fala” tem  consequências drásticas em outras situações e para milhares de outros americanos que falam sobre todos os tipos de temas cotidianos inofensivos.

Eles citam  o caso de um blogueiro americano, Steve Cooksey.  Cooksey é residente da Carolina do Norte , e recentemente foi ordenado pelo Conselho de Licenciamento de Nutricionista do estado a parar de oferecer aconselhamento sobre dietas através de site. O raciocínio do conselho? Aconselhamento dietético não é discurso, é “conduta”, “tratamento”.

Em trecho o artigo diz: “Aceitar a abordagem do governo da Califórnia (que conseguiu manter a proibição da Cura Gay) mina a proteção da liberdade de expressão inteiramente. Afinal, qualquer tipo de discurso pode ser interpretado como “conduta”. Professores envolvidos em “instruir”, consultores políticos na “elaboração de estratégia” e até comediantes na conduta de “induzir ao entretenimento”.

Fontes: The New York Times-Protecting the Speech We HateThe New York Times-Protecting the Speech We HateThe New York Times-Protecting the Speech We Hate
http://opiniaoenoticia.com.br/vida/saude/new-york-times-destaca-cura-gay/

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