quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Sequestro de crianças está na pauta do Grupo de Trabalho de Cooperação Internacional

 Sequestro de crianças está na pauta do Grupo de Trabalho de Cooperação Internacional
Gláucio Dettmar/Agência CNJ
Foi realizada, nesta segunda-feira (7/10), a primeira reunião do Grupo de Trabalho que, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), está encarregado de elaborar propostas para reforçar a participação do Judiciário brasileiro na cooperação jurídica internacional. O encontro ocorreu na sede do CNJ, em Brasília. Entre as primeiras deliberações está a que prevê a criação de três subgrupos, cada um responsável pela discussão de um dos seguintes temas: adoção internacional; sequestro internacional de crianças e recuperação de ativos desviados para outros países mediante lavagem de dinheiro e outros crimes.

O Grupo de Trabalho foi criado pela Portaria n. 169, de 23 de setembro de 2013, assinada pelo ministro Joaquim Barbosa, presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF). Coordenado pelo conselheiro Guilherme Calmon, o grupo tem prazo de 12 meses para elaborar diagnóstico sobre os principais problemas enfrentados pelos tribunais brasileiros em relação à cooperação jurídica internacional em matéria civil e penal. A partir do diagnóstico, será proposta a edição de atos normativos que, depois de aprovados pelo Plenário do CNJ, deverão ser aplicados em todo o Judiciário nacional.

O conselheiro Guilherme Calmon afirmou, durante a reunião, que o “pontapé inicial” do Grupo de Trabalho será dado no próximo dia 23, com a realização do Seminário Jurisdição Brasileira e Cooperação Internacional, promovido pelo CNJ na sede do Conselho da Justiça Federal (CJF), em Brasília/DF.

O evento vai reunir magistrados federais, estaduais e do trabalho na discussão de diferentes demandas cujas soluções dependem da cooperação jurídica internacional. A primeira palestra será a do conselheiro Guilherme Calmon, intitulada Os Principais Conceitos da Convenção de Haia de 1980 sobre Sequestro Internacional de Criança. A referida convenção traz uma série de diretrizes que devem ser seguidas pelas nações signatárias para a solução dos casos em que crianças são levadas de seus lares, sem o devido consentimento, para viver em outros países.

O seminário Jurisdição Brasileira e Cooperação Internacional é uma das ações da Rede Nacional de Cooperação Judiciária, instituída pela Recomendação CNJ n. 38/2011 para tornar mais ágil e eficaz o intercâmbio de atos judiciais que dependam de mais de uma corte. A Rede é coordenada pelo conselheiro Guilherme Calmon e administrada pela Comissão Permanente de Acesso à Justiça e Cidadania, do CNJ, presidida pelo conselheiro Emmanoel Campelo.

Na reunião desta segunda-feira do grupo de trabalho também estiveram presentes o conselheiro do CNJ Saulo Casali Bahia; o desembargador do TJPE Luis Carlos Figueiredo; a desembargadora do TRF da 1ª Região Mônica Sifuentes; o desembargador do TRT da 3ª Região José Eduardo de Resende Chaves Júnior; o juiz do TJSP Reinaldo Cintra; o juiz federal do TRF da 4ª Região Eduardo Tonetto Picarelli; e o juiz auxiliar do Presidência do CNJ Clenio Schulze.

Jorge Vasconcellos
Agência CNJ de Notícias
http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/26548-sequestro-de-criancas-esta-na-pauta-do-grupo-de-trabalho-de-cooperacao-internacional

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