quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Pesquisa mostra como mães, pais e adolescentes lidam com o tabu sexo na periferia

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joseh
O que faz uma jovem optar por engravidar aos 15 anos de idade? A gravidez ainda se dar pela falta de informação? Ou em determinadas comunidades a gestação significa quebra da invisibilidade social e o inicio de uma perspectiva de vida? Por que meninos usam azul e são “garotões” e as meninas usam rosa e são as “princesinhas”? É negativo um homem gostar de balé? Garotas não podem gostar de mecânica?  Vivemos em uma sociedade em que os estereótipos, o senso comum social, estabelece o que cada um vai “ser quando crescer”? Nas nossas decisões somos influenciados por “valores” sociais?
Algumas dessas questões estão na publicaçãoDireitos Sexuais e Reprodutivos – O que você tem a ver com isso? Que nasceu a partir da experiência com 20 jovens mães do Jardim Macedônia, Capão Redondo, Zona Sul de São Paulo. O projeto foi executado no decorrer deste ano pelas educadoras Ane Rocha e Natália Landolpho do Centro de Direitos Humanos e Educação Popular do Campo Limpo (CDHEP).
Além de informações importantes em relação ao desenvolvimento do projeto, a publicação apresenta uma pesquisa que, apesar de estar dentro de um território da Cidade, expõe dados relevantes que dialogam diretamente com outras realidades: Periferia é periferia em qualquer lugar.
A pesquisa é quantitativa, e apesar de inicialmente ser empregada como uma metodologia mais pedagógica, em busca de outro olhar destas jovens para sua comunidade, apresenta dados que dialogam com um comportamento social comum. O tema escolhido foi o diálogo entre mães/pais e filhas/os no que diz respeito à sexualidade. Foram entrevistados 80 pais e mães, com filhos acima de 12 anos e 75 jovens  com idade entres 12 e 16 anos.
Os pais e mães quando indagados se a maneira de conversar sobre sexualidade com as meninas é diferente dos meninos, as mães ficaram divididas: 58% acham que é diferente e 41% acreditam que a conversa deve ser igual. Já 73% dos pais responderam que o dialogo deve ser diferente. Quando questionados o porquê? A resposta é totalmente embasada em valores social: “Meninas devem se preservar; meninas são mais delicadas; mais sentimentais e sensíveis. Elas devem se dar ao respeito”.
A publicação coloca outras questões importantes para a sociedade como um todo: Os pais e as mães conversam com suas filhas meninas sobre sexualidade? Quem costuma conversar sobre sexualidade com os filhos meninos? Onde os adolescentes se informam sobre o tema?
São diversos pontos abordados nesta publicação que será lançada dia 21 de dezembro, a partir da 10h no CDHEP que fica na Rua Dr. Luís da Fonseca Galvão, 180, Próximo ao metrô Capão Redondo.

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