quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Escolas dos EUA adotam a técnica da disciplina positiva para crianças - Opinião e Notícia

O objetivo é se conectar com a criança ao invés de simplesmente gritar "cala a boca!" ou "vá para o seu quarto"

A Escola Ravenswood em Chicago adotou a disciplina positiva. Quando as crianças brigam elas são estimuladas a escolher uma opção em um pôster que mostra uma “roda de escolhas”. Essas incluem “dividir e revezar”, “respiração na bexiga” e um tempo no “canto do relaxamento”. Em uma sala de aula este conta com uma pequena cadeira de vime, algumas luzes baixas e uma convidativa caixa de livros ilustrados.

A disciplina positiva não é nova; Jane Nelson, conselheira familiar e guru da educação infantil, publicou um livro com esse título em 1981. Não há nenhuma estatística confiável que mostre quantos pais ou escolas utilizam a técnica, mas Associação da Disciplina Positiva, uma organização não lucrativa que organizou 18 oficinas em 2005 viu este número crescer para 51 em 2010.

Os céticos afirmam que “positiva” na verdade quer dizer “permissiva”. Nem tanto, afirma Marla Vannucci da Adler School of Professional Psychology, em Chicago. O objetivo é se conectar com a criança ao invés de simplesmente gritar “cala a boca!” ou “vá para o seu quarto”. Por exemplo, uma criança que faz uma malcriação na cozinha pode desejar se sentir envolvida e precisa ser incumbida a fazer alguma coisa, tal como enrolar panquecas ou dobrar guardanapos. Uma criança que tenha desistido de fazer o dever de casa pode precisar que a tarefa seja subdividida. Outra que tenha batido em um colega pode não saber porque ele está aborrecido; ela pode ser posta de lado ou orientada a “usar suas mãos gentis”. Pagamentos estão fora de questão: os disciplinadores positivos temem que a prática possa impedir que a criança se orgulhe de um trabalho bem feito.

“Castigos negativos” também são um tabu. Nelson repudia a noção de que para induzir uma criança a se comportar melhor é preciso fazer com que ela se sinta mal. Alguns especialistas acham que castigos podem prejudicar crianças mais novas. Em vez de manter as crianças trancadas em seus quartos, os disciplinadores positivos pedem que elas se dirijam ao seu canto do relaxamento para reaver o autocontrole. Quando tudo estiver calmo, ambos os lados podem discutir como consertar o que quer que tenha sido quebrado, machucado ou danificado.

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