quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Governo boliviano proíbe escolas de rejeitarem estudantes grávidas

EFE | LA PAZ
O governo boliviano proibiu na quarta-feira, dia 8 de janeiro, que as escolas recusem ou expulsem estudantes grávidas e ordenou que sejam feitas as adaptações curriculares necessárias de acordo com o processo de gestação para que elas possam avançar em seus estudos.
A prescrição está em uma legislação do Ministério da Educação com o propósito de frear os diversos problemas que confrontaram adolescentes grávidas em seus colégios no ano passado.
O ministro de Educação da Bolívia, Roberto Ivan Aguilar Gomes. EFE/Arquivo
O ministro de Educação da Bolívia, Roberto Ivan Aguilar Gomes. EFE/Arquivo
A norma será aplicada nas escolas públicas e particulares e está no marco das proteções fixadas no Código das Crian, Niña e Adolescente e da Lei Contra o Racismo e a Discriminação.
Se forem recusadas, as adolescentes grávidas podem apresentar de forma direta ou por meio de terceiros suas queixas diante das autoridades para obter um ressarcimento, segundo a legislação.
Segundo relatórios do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), a Bolívia registra uma das taxas mais altas de gravidez na adolescência da América Latina e o Caribe.
A média da fecundidade adolescente na América Latina e no Caribe é de 70 nascimentos para cada mil mulheres com idades entre 15 e 19 anos, mas na Bolívia essa taxa é de 88, segundo dados divulgados em meados do ano passado por essa instituição.
As autoridades do Ministério boliviano de Saúde indicaram que cada ano na Bolívia são esperadas entre 250 mil e 300 mil gestações, das quais cerca de 60 mil correspondem a adolescentes.

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