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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

O lado negativo da inteligência emocional - Opinião e Notícia

A inteligência emocional consiste em compreender seus sentimentos e o dos outros. Isso pode levar a muitas coisas boas, mas também à manipulação

Desde a publicação do best-seller de Daniel Goleman 1995, “Inteligência Emocional”, o assunto tem sido apontado por dirigentes, políticos e educadores como a solução para uma ampla gama de problemas sociais. Se é possível ensinar nossos filhos a gerir emoções é possível criar uma sociedade com menos assédio moral e mais cooperação. Se podemos cultivar a inteligência emocional entre os líderes e os médicos  vamos ter locais de trabalho mais agradáveis e maior cuidado com pacientes. Como resultado, a inteligência emocional é agora amplamente ensinada nas escolas secundárias, escolas de negócios e escolas médicas.

No entanto, evidências mostram que, quando as pessoas aprimoram suas habilidades emocionais, tornam-se melhores em manipular os outros. Quando você é bom em controlar suas próprias emoções, você pode disfarçar seus verdadeiros sentimentos. Quando você sabe o que os outros estão sentindo, você pode apelar para suas emoções e motivá-los a agir contra seus próprios interesses.

Os cientistas sociais estão começando a documentar esse lado o obscuro da inteligência emocional. Numa pesquisa liderado pela Universidade de Cambridge,  a professora Jochen Menges concluiu que quando um líder fazia um discurso inspirador, cheio de emoção, o público era menos capaz de controlar a mensagem e lembrava menos do conteúdo. Ironicamente, os membros da plateia ficaram tão comovidos com o discurso que eles alegaram recordar mais do mesmo.

Em um estudo conduzido pela psicóloga Stéphane Côté, da Universidade de Toronto, funcionários da universidade preencheram um questionário sobre suas tendências maquiavélicas e fizeram um teste para medir seus conhecimentos sobre estratégias eficazes no gerenciamento de emoções. Em seguida, a equipe de Côté avaliou como muitas vezes os empregados deliberadamente prejudicavam seus colegas. Os que se envolveram em comportamentos mais prejudiciais eram aqueles considerados com maior inteligência emocional. Eles usaram suas habilidades emocionais para humilhar e constranger, em prol de vantagens.

Em empregos que exigem atenção às emoções, inteligência emocional é traduzida em melhor desempenho. Vendedores, agentes imobiliários, representantes de call-center e conselheiros,  todos se destacaram em seus trabalhos quando eles sabiam ler e regular as emoções. Eles foram capazes de lidar de forma mais eficaz  com situações de estresse e oferecer o serviço com um sorriso.

No entanto, em trabalhos que envolviam menos exigências emocionais, os mais emocionalmente inteligente funcionários tinham menor desempenho no trabalho. Para mecânicos, cientistas e contadores, a inteligência emocional pode ser prejudicial. Apesar de mais pesquisas serem necessárias para descompactar esses resultados, o resultado é que quando funcionários estão prestando atenção às emoções, quando deveriam ter se concentrado em suas tarefas, o resultado pode ser a ineficiência, especialmente se seu trabalho é analisar dados.

Num estudo recente em uma empresa de saúde funcionários fizeram um teste sobre o gerenciamento e controle das emoções, e então seus gerentes avaliaram os funcionários sobre o tempo gasto ajudando os colegas e clientes. Não havia qualquer relação entre inteligência emocional e ser solícito: ajudar é impulsionado por nossas motivações e valores, e não por nossa capacidade de compreender e gerir as emoções. No entanto, a inteligência emocional foi determinante ao examinar um comportamento diferente: desafiar o status quo e contribuir com idéias e sugestões.

Funcionários emocionalmente inteligente falaram com mais freqüência e de forma mais eficaz. Quando os colegas foram tratados injustamente, eles se sentiram indignados e se propuseram a falar, mas foram capazes de manter sua raiva sob controle. Quando eles saíram em defensa da igualdade de gênero, a inteligência emocional ajudou a gerir o medo.  Quando trouxeram idéias para inovação, a sua capacidade de expressar entusiasmo ajudou a evitar deixar os chefes ameaçados.

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