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domingo, 13 de abril de 2014

6 formas de discutir gênero na sala de aula

DA REDAÇÃO

O resultado de uma pesquisa divulgada pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada) no dia 27 de março causou polêmica e indignação. O estudo então revelou que 65% dos brasileiros concordam com a afirmação de que “mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas.” No dia 4, depois de já ter causado inúmeras reações e discussões nas redes sociais, esse índice foi corrigido para 26%.

Entre as reações, a jornalista Nana Queiroz, moradora do Distrito Federal, criou um evento no Facebook que convocava mulheres a se fotografarem seminuas segurando um cartaz com a frase “eu não mereço ser estuprada.” O protesto virtual contou com a adesão de mais de 42 mil usuários, entre mulheres e homens que também decidiram abraçar a causa. No domingo (30/3), o tema foi um dos mais mencionados no Twitter. Até a presidente Dilma Rousseff se manifestou pela rede social em apoio a jornalista Nana Queiroz e a todas as mulheres ameaçadas ou vítimas de violência.

Para professores que desejam aproveitar o momento para trabalhar questões de gênero com os seus alunos em sala de aula, o Porvir preparou uma lista com 6 dicas de conteúdos sobre tolerância, violência contra a mulher e desigualdades. As dicas foram pesquisadas na plataforma Escola Digital e em recentes sugestões ligadas ao tema. Confira a lista para o ensino fundamental e médio:


Baseado em dados do censo 2010, realizado pelo IBGE, o infográfico apresenta aspectos e perfil da nova mulher brasileira. Com navegação interativa pelas ilustrações, o usuário pode acessar dados sobre o espaço da mulher no mercado de trabalho, as disparidades de salários entre gêneros e a presença feminina no ensino superior.


A partir de um trecho do filme Narradores de Javé, obra brasileira dirigida por Eliane Caffé, é possível trabalhar as discussões sobre minorias e preconceito de gênero. O filme narra acontecimentos da pequena cidade de Javé, que seria submersa pelas águas de uma represa. No decorrer da obra são apresentadas questões que mostram o esquecimento das mulheres na história da cidade, que foi fundada pela heroína Maria Dima.


De forma divertida e bem humorada, o vídeo apresenta a legislação sobre a violência contra a mulher em forma de cordel. O vídeo está disponível no YouTube e possui duração de 5:56. Ele faz parte do DVD Mulher de Lei, do cantor e educador cearense Tião Simpatia. A linguagem é ilustrativa e simples de entender.

Se o professor desejar estabelecer um paralelo sobre as discussões sobre gênero nos EUA, o vídeo Women in the 19th Century, disponibilizado no YouTube, pode ser uma boa ferramenta. Ele apresenta como as questões de igualdade de direitos e sufrágio universal foram abordadas pelas mulheres do século XIX, nos EUA.

Para dar base às discussões do ensino superior, também selecionamos duas opções:


O mooc Diálogos sobre Feminismo e Tecnologia conta com a colaboração de participantes para destacar o protagonismo feminino. Na plataforma, os próprios estudantes conseguem escrever e compartilhar informações adicionais sobre o tema.


A coluna publicada on-line por Kelly J. Baker, Ph.D. em religião da Universidade Estadual da Flórida, se propõe a discutir questões sobre gênero, o papel da mulher no século 21 e desigualdades. Os textos podem servir de base para análises e discussões em sala de aula.

Nota da Redação: Poucas horas depois da publicação deste texto, o Ipea divulgou uma nota corrigindo o dado que citávamos na matéria. São 26% dos entrevistados, e não 65%, que disseram concordar que mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas.

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