quinta-feira, 16 de outubro de 2014
Expectativa de vida cada vez maior e suas implicações - Opinião e Notícia
Sociedades envelhecidas criam muitos desafios trabalhistas
16 de outubro, 2014
O mundo desenvolvido está caminhando rumo ao que Shakespeare descreveu como “segunda infância e mero olvido, sem olhos, sem dentes, sem paladar, sem nada”. A proporção da população com mais de 65 anos em países ricos aumentará de 15% em 2010 para 27% em 2050, enquanto que a parcela de pessoas com mais de 80 aumentará de 4% para 9%. Embora essa tendência seja conhecida, os países estão começando a entender as implicações deste fenômeno, que foi o tema de uma conferência realizada na London School of Economics no mês passado.
Há dois principais problemas relacionados ao envelhecimento. O primeiro é como conseguir crescer economicamente (e financiar benefícios sociais) em face de uma força de trabalho que encolhe. A segunda questão, dado o encolhimento da força de trabalho, é como cuidar de pessoas muito idosas, muitas das quais precisarão de acompanhamento de enfermeiras em tempo integral.
Em geral trabalhos de enfermagem são mal pagos e não muito glamorosos. E nessa área nada indica que a produtividade aumentará muito: alguém sempre precisa estar próximo para auxiliar os incapacitados caso caiam da cama à noite ou precisem trocar de roupa pela manhã. No momento cerca de 80% de todos os trabalhadores da área de cuidados residenciais e assistência social são mulheres; cerca de 16% têm mais de 55.
Salários mais altos para os trabalhadores do setor de enfermagem podem ajudar, mas o custo do auxílio residencial já é alto. Na Grã-Bretanha, o custo médio anual, onde o auxílio de enfermeiras é obrigatório, é de US$ 60.300. A resposta pode ser contratar estrangeiros (muitos asilos já o fazem). Os eleitores da terceira idade que estão tentados
a votar em partidos anti-imigração devem refletir; já que podem em breve se tornar dependentes da bondade de estranhos.
Fontes:
The Economist-Work until you drop
Opinião e Notícia
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