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domingo, 12 de outubro de 2014

Professora que havia apoiado Estado Islâmico abandona grupo após testemunhar brutalidades

08/10/2014 -  por Redação Marie Claire

Jovem de 25 anos assistiu a crucificação de um adolescente e fugiu antes de ser forçada a se casar com um combatente

PROFESSORA ABANDONA ESTADO ISLÂMICO APÓS TESTEMUNHAR ATROCIDADES (Foto: GETTY IMAGES)
PROFESSORA ABANDONA ESTADO ISLÂMICO APÓS TESTEMUNHAR ATROCIDADES (FOTO: GETTY IMAGES)
Uma professora síria que havia se unido ao grupo radical Estado Islâmico (EI) abandonou a luta armada após assistir a crueldade praticada contra mulheres pelos militantes. Identificada apenas como Khadija, a jovem de 25 anos ficou horrorizada ao testemunhar crucificação e degolação entre os atos bárbaros dos extremistas.

A mulher, que trabalhava como professora de ensino fundamental em seu país, havia deixado tudo para apoiar o EI depois de conhecer um combatente pela internet. Sua tarefa era garantir que as mulheres usassem somente roupas aprovadas pelo grupo.

A síria também foi treinada para desmontar armas de fogo e ganhava em torno de R$ 500 por mês.

Sua decepção começou quando viu um adolescente de 16 anos ser crucificado por supostamente ter praticado estupros e degolação contra pessoas da região. Além disso, notou que os combatentes do EI violentavam suas mulheres, obrigando-as a serem internadas em hospitais.

Khadija decidiu fugir quando um comandante resolveu organizar um casamento para ela. “Não sou assim. Tenho diploma e educação. Eu não deveria ser assim. O que aconteceu comigo? O que deu na minha cabeça para parar aqui?”, contou à CNN.

A jovem teria permanecido apesar dos atos de violência por ter sido convencida de que a situação melhoraria assim que a guerra terminasse. A justificativa para a brutalidade seria a necessidade de controlar o povo para que o islã fosse implantado.

“Então cheguei a um ponto em que disse: ‘basta’. Depois de tudo o que vi e todas as vezes em que permaneci em silêncio decidi que tinha de ir”.

A professora viajou para a Turquia, apesar de sua família ainda viver na Síria, onde mantém sua identidade preservada. O que ela mais quer atualmente é voltar a ser como antes, mas encontra dificuldades. Khadija ainda usa a roupa que cobre seu rosto.

“Quero ser uma garota casada, que ama a vida e sorrir; que ama viajar, desenhar, caminhar na rua com fones de ouvido ouvindo música sem me preocupar com o que os outros pensam”.

Sua história surge pouco depois das notícias de que um grupo mulheres estaria combatendo o EI na Síria. Elas estariam sendo treinadas por uma unidade de elite para impedirem o avanço do grupo na região.

A chamada Unidade de Proteção de Mulheres teria mais de 10 mil combatentes na luta contra o Estado Islâmico.

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