05/03/2015
FEE divulga pesquisa sobre participação feminina no mercado de trabalho.
Levantamento revela que desigualdades de gênero ainda persistem.
Do G1 RS
A diferença caiu nos últimos 14 anos, mas as mulheres ainda ganham menos do que os homens na Região Metropolitana de Porto Alegre. A diferença média em 2014 foi de 24,6%, segundo boletim divulgado nesta quinta-feira (5) pela Fundação de Economia e Estatística (FEE) para marcar o Dia Internacional das Mulheres, no domingo (8).
Em 2014, o rendimento médio real das mulheres da Região Metropolitana de Porto Alegre foi de R$ 1.579. No mesmo período, o rendimento médio dos homens foi de R$ 2.093. Em 2000, diferença entre os salários dos homens era 31,7%, valor que caiu ao longo das anos até 24,7% em 2013.
Em todas as faixas educacionais, a mulher ganha menos do que o homem. Entretanto, essa diferença também caiu entre 2000 e 2014. A mulher com ensino superior ganhava 34,2% a menos do que o homem em 2000. Em 2014, a diferença foi de 28,5%. O maior percentual é das mulheres com nível fundamental incompleto: 34%.
A taxa de desemprego também ainda é maior para as mulheres. Em 2013, o número estimado de mulheres ocupadas na Região Metropolitana era de 813 mil, que caiu para 796 mil em 2014, o que representa uma redução de 2,1%. Apesar dessa retração, a taxa de desemprego passou de 7,5% em 2013 para 6,6% em 2014, uma vez que o número de mulheres que saíram do mercado de trabalho (27 mil) superou a perda de postos (17 mil).
Por outro lado, pela primeira vez desde os anos 2000 as mulheres apresentam um tempo de procura do trabalho inferior ao dos homens. Em 2014, esse indicador sofreu elevação para ambos os sexos: 23 semanas para as mulheres (duas semanas a mais do que no ano anterior) e 24 semanas para os homens (elevação de cinco semanas em relação ao ano anterior).
“O rendimento médio real das mulheres trabalhadores ficou praticamente estável em 2014. Como o comportamento para os homens trabalhadores foi similar ao que aconteceu entre as mulheres, as desigualdades de gênero presentes no mercado de trabalho pouco se alteraram. As mulheres seguem tendo uma participação pouco menor do que os homens no mercado, a taxa de desemprego feminina é maior do que entre os homens e o rendimento médio real segue sendo inferior ao dos homens”, analisou a socióloga Miriam de Toni, coordenador do estudo.
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