domingo, 6 de setembro de 2015

Latinas de empresas do Vale do Silício se reúnem em um 'clube'

Diretora do Evernote organiza encontros de mulheres de origem latina que se destacam nas empresas de tecnologia

13/07/2015 / POR JACQUELINE LAFLOUFA, DE SÃO FRANCISCO (EUA)

Há alguns meses, Google, Facebook, Twitter e Yahoo abriram pela primeira vez dados sobre a diversidade dos seus quadros de funcionários. Em todas as empresas, a porcentagem de mulheres na área de tecnologia ficava em torno de 15%, e a de latinos era ainda menor — mulheres latinas, então, eram a exceção da exceção. Quando teve acesso a esses números, Gretel Pereira, diretora de comunicação do Evernote, sentiu ainda mais vontade de levar adiante seu projeto de reunir periodicamente as latinas e brasileiras que trabalham e vivem no Vale do Silício.

As mulheres convidadas por Gretel se encontram a cada três meses para trocar figurinhas, fazer networking e discutir alternativas para os desafios que enfrentam na vida profissional. “Um dos meus principais objetivos é transformar esse diálogo sobre a presença feminina em tecnologia em algo mais positivo. Fala-se muito sobre a falta de mulheres no setor, mas conheço mulheres sensacionais que trabalham aqui na região”, diz Gretel.

O grupo já conta com mais de 50 mulheres que trabalham em empresas como Prezi, Uber, Twitter, Duolingo, Yahoo, Netflix, Salesforce e o próprio Evernote. São norte-ame­ri­canas de ascendência latina, mexicanas, co­lombianas, venezuelanas, espanholas e bra­sileiras que compartilham práticas de mercado e aprendem umas com as outras. “Trocamos ideias, discutimos projetos, nos incentivamos e, principalmente, torcemos umas pela outras”, conta Dayse Black, brasileira que trabalha no Prezi.

Se é verdade que há um lugar especial no inferno reservado às mulheres que não ajudam outras mulheres, como disse a ex-secretária de Estado dos Estados Unidos Madeleine Albright, o grupo liderado por Gretel certamente já garantiu um espaço vip no paraíso.

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