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domingo, 6 de setembro de 2015

Por que é mais difícil reconhecermos mulheres cientistas?

Mesmo que, historicamente, elas venham contribuindo de forma importante para o desenvolvimento científico?


29/06/2015 / POR SIMONE NOGUEIRA*

É comum pensarmos na figura do cientista como um senhor de cabelos grisalhos ou um jovem usando grandes óculos, vestindo um jaleco branco. Possivelmente, Albert Einstein, Isaac Newton, Galileu Galilei e Charles Darwin estão entre os primeiros cientistas que nos vêm à memória. Na indústria do entretenimento, nossa tendência é associá-los a personagens como Frankenstein, ou o excêntrico Dr. Brown, do filme De volta para o futuro. Já no universo feminino, além da pioneiríssima Marie Curie, poucas são as cientistas célebres retratadas na história — ou no entretenimento.

A pergunta é: por que é mais difícil reconhecermos mulheres cientistas, mesmo que historicamente elas venham contribuindo de forma importante para o desenvolvimento científico? Talvez por elas representarem apenas 30% dos pesquisadores do mundo e porque só 10% dos cargos científicos de tomada de decisão em universidades e no setor privado são ocupados por elas, segundo o Instituto Unesco de Estatísticas.


 (Foto: Revista Galileu)A ciência é essencial no mundo moderno, e seu significado e seu impacto devem crescer exponencialmente. Serão necessários mais líderes científicos, e cargos de liderança terão de ser preenchidos. As mulheres já assumiram seu espaço no mercado de trabalho e vêm empreendendo grandes projetos e ocupando cargos de relevância no mundo corporativo. Por isso, a L’Oréal faz um grande investimento no desenvolvimento de produtos e acredita que a beleza é, acima de tudo, uma aventura científica em que essa equação precisa ser mais equilibrada.

Há 17 anos, a empresa criou, em parceria com a Unesco, o primeiro programa dedicado a mulheres no mundo, o For Women in Science, iniciativa que já reconheceu mais de 2 mil mulheres em 110 países, sendo que duas delas receberam posteriormente o prêmio Nobel e outra, mais recentemente, se tornou presidente das Ilhas Maurício. No Brasil, o projeto Para Mulheres na Ciência é realizado há dez anos, também com o apoio da Academia Brasileira de Ciências. A produção científica feminina é tão fértil que, em uma década, 61 pesquisadoras brasileiras tiveram seus trabalhos premiados nacionalmente e receberam cerca de R$ 3 milhões em bolsas para ajudar em suas pesquisas. Seis cientistas brasileiras também foram reconhecidas na edição internacional.


Nada é mais fascinante para uma empresa de beleza inovadora e com mais de um século de experiência do que contribuir para que a ciência ganhe força pelas mãos das mulheres. O Centro de Pesquisa & Inovação, responsável por mais de 500 patentes registradas em 2014, tem uma equipe de 4.009 pessoas no mundo. Na contramão do cenário científico global, mais da metade do time de cientistas da L’Oréal Brasil é composta por mulheres.


A ciência é crucial para resolver nossos problemas ecológicos, econômicos e humanitários. A lista de desafios é enorme, e todos os recursos intelectuais do planeta precisam estar à disposição da ciência. Mulheres incríveis que trabalham em todas as áreas científicas têm dedicado a vida ao avanço do conhecimento e ao progresso da humanidade. Acho que não precisamos de outros motivos para justificar o fato de que, sim, o jaleco científico também lhes cai bem.


* Diretora de comunicação da L'Oreal Brasil

Revista Galileu

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