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domingo, 6 de setembro de 2015

Projeto de cientista libanesa pode colaborar para tirar a Síria do escuro

No escuro: ciclista pedala em rua sem iluminação na cidade de Douma, na região metropolitana de Damasco (Foto: AFP Photo/ ABD Doumany)
Mais de 80% da iluminação noturna da Síria foi cortada desde o início da Primavera Árabe

18/05/2015 / POR REVISTA GALILEU

Em meados de março, o coletivo #WithSyria, formado por instituições de direitos humanos do mundo todo, divulgou uma sequência de imagens de satélite que mostrava que 83% da iluminação noturna da Síria desapareceu entre 2011 e 2015. “Nas áreas mais afetadas, como a região de Alepo [veja no mapa], impressionantes 97% das luzes desapareceram”, diz Xi Li, professor da Universidade Wuhan e responsável pela análise das imagens.

 (Foto: Revista Galileu)
A queda na iluminação começou ainda durante durante a Primavera Árabe, e recentemente atingiu um novo pico, com a invasão do país pelo Estado Islâmico (EI) — mesmo a capital, Damasco, está 35% mais escura. Além dos bombardeios, que trouxeram grande prejuízo à infraestrutura da região, a presença do EI também provocou a fuga em massa da população. O principal destino dessas pessoas é o Líbano, país com 4,5 milhões de habitantes que, segundo a última estimativa da ONU, já abriga mais de 1 milhão de refugiados sírios. E, curiosamente, talvez seja justamente o trabalho de uma cientista libanesa que vai facilitar o processo de recuperação da rede elétrica da Síria.

Já faz algum tempo que a cientista da computação Sanaa Sharafeddine, de 34 anos, se dedica a pesquisar modos de tornar mais estável a distribuição de energia nos países subdesenvolvidos. “Em Beirute, todos os dias ficamos pelo menos três horas sem luz”, ela conta. Especialista em engenharia de telecomunicações, Sharafeddine tenta encontrar maneiras de adaptar o conceito de smart grid, ou “rede elétrica inteligente”, para regiões sem muitos recursos.

Por enquanto, a cientista usa a experiência libanesa como base para descobrir de que forma a infraestrutura de comunicações já existente no país pode ser usada para monitorar a rede elétrica e diminuir as perdas de distribuição. O projeto está em fase experimental, mas tem chamado a atenção da comunidade científica. Agora, no entanto, é possível que a dificuldade para tirá-lo do papel fique consideravelmente maior: o Estado Islâmico tem se aproximado também da fronteira do Líbano. “É claro que não é uma situação agradável”, diz Sharafeddine, “mas nos tornamos um povo muito resiliente. Enquanto pudermos continuar trabalhando, estaremos bem.”

Revista Galileu

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