Em cartilha divulgada no início do mês, Vaticano instrui que providências devem ser tomadas internamente e que denúncia à polícia cabe às famílias
11 fev., 2016
No início de fevereiro, o Vaticano divulgou um documento contendo diretrizes que fazem parte do treinamento de bispos da Igreja Católica. Escrito pelo consultor do Conselho Pontifício para a Família, Tony Anatrella, a cartilha diz que bispos recém-nomeados não têm a obrigação de denunciar à polícia casos de abuso sexual infantil por parte dos clérigos, devendo apenas comunicar autoridades da igreja.
De acordo com a cartilha, a decisão de denunciar o crime às autoridades cabe às vítimas e suas famílias. A orientação contradiz a promessa do Papa Francisco de uma política de tolerância zero para agressões a crianças.
O documento diz que “de acordo com a leis civis de cada território onde a denúncia (à polícia) é obrigatória, não é necessariamente dever do bispo reportar as suspeitas no momento em que ficam sabendo de crimes ou atos pecaminosos”.
A Comissão Pontifícia para a Proteção de Menores, porém, defende que a denúncia é uma obrigação moral, independente se as leis civis obrigam ou não o registro, segundo uma fonte citada pelo jornal britânico “The Guardian”.
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