sexta-feira, 11 de março de 2016

A RAIVA DAS CRIANÇAS

01/12/2015

Qual mãe em algum momento não soube lidar com a raiva súbita do filho? Muitas vezes, a razão pode ser a falta de explicação, não deixando a situação clara para a criança. “A clássica cena do supermercado é um bom exemplo. Suponhamos que a criança queira que o pai/mãe compre alguma coisa, mas os pais não querem por alguma razão. O sugerido é que eles conversem e expliquem o porquê de não comprar, e não simplesmente digam ‘não’. E, de preferência, essas conversas devem ser frequentes, pois as crianças estão descobrindo um mundo totalmente novo, elas precisam de informações. Assim, podem-se evitar esses momentos de fúria”, diz a psicóloga Fernanda Rocha, de São Paulo.

O diálogo é fundamental durante o crescimento dos filhos. “Temos que adaptar nossa linguagem em determinadas idades, para que entendam. Não adianta querer explicar algo mais complexo para alguém de 3 anos, ele não vai entender. Temos que ter uma linguagem mais simples e objetiva conforme o vocabulário dessa criança”, afirma.

Há dois erros muito comuns entre os pais e os filhos: o prometer e o merecer. A criança tem uma memória incrível, não prometa se depois não poderá cumprir, ela vai cobrar. “Algumas famílias tentam compensar a ausência com presentes. A criança, muitas vezes, não precisa de presentes, ela precisa de afeto, atenção, momentos com os pais. Algumas fazem esse pedido de forma malcriada, querendo chamar a atenção para serem olhadas, vistas e cuidadas”, diz Fernanda.

Como aliviar a raiva da criança

Diálogo: Uma conversa em que tanto o pai quanto os filhos digam o que incomoda, o que esperam, o que desejam, um diálogo sincero.  

- Em alguns casos, o "combinado". Exemplo: "Bia, hoje iremos ao supermercado, você pode escolher três coisas que você quer muito que a mamãe compre, combinado?". Bia concordou e, durante a compra, ela escolheu mais itens. Nesse momento, a mãe poderá lembrá-la/orientá-la que no acordo foram somente três itens e não poderá ultrapassar esse limite.

- Gritos e brigas só aumentam essa raiva na criança; falar com calma, clareza e firmeza faz ela refletir sobre o assunto.

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