terça-feira, 8 de março de 2016

No Dia Internacional da Mulher, Unicamp debate sobre gênero e luta por mais direitos



tore, Pró-reitora de Pesquisa
Músicos do Instituto Anelo
Músicos do Instituto Anelo


Comissão organizadora
Comissão organizadora
Platéia acompanha palestra de Margareth Rago08/03/2016

A luta por igualdade de direitos e contra todas as formas de opressão contra as mulheres foi lembrada na Unicamp neste dia 8 de março com uma palestra que lotou o auditório da DGA no perído da manhã. Desde o ano passado uma série atividades é realizada pela Diretoria Geral de Recursos Humanos (DGRH), Grupo Gestor de Benefícios Sociais (GGBS) e do Centro de Saúde da Comunidade (Cecom). 
O objetivo do evento foi aproveitar o Dia Internacional da Mulher e trazer para a universidade assuntos reflexivos do cotidiano da sociedade que impactam diretamente a vida das mulheres, que representam cerca de 56% do total de funcionários técnico-administrativos e docentes da Unicamp. O tema deste ano foi “Ser mulher no século XXI: corpo e subjetividade”, tendo como atividade principal uma palestra com a professora Luzia Margareth Rago, do Departamento de História do IFCH. Também foi organizada uma exposição de fotos da ONG SOS Ação Mulher e uma apresentação musical de membros do Instituto Anelo.
A assistente social Camila Ferreira, funcionária do GGBS e organizadora do evento, explica como foi levantada essa temática: “Nós temos uma comissão com representantes dos órgãos e fomos discutindo temas que estão no cenário atual. Alguns projetos de lei ferem os direitos e conquistas históricas das mulheres, e por isso convidamos a professora Margareth Rago para falar sobre corpo e subjetividade”. 
Presente na mesa de abertura do evento, a pró-reitora de pesquisa Glaucia Pastore avalia ser importantes realização de debates como esse e destacou a importância da participação das mulheres como cientistas e gestoras da universidade. “O papel da mulher vem se destacando de forma imensa nos dias de hoje. A participação da mulher é responsável por muitas ações benéficas que estão acontecendo, e em nossa universidade as oportunidades são iguais. Nunca me senti discriminada como cientista, sempre pude abrir meus caminhos e ser respeitada pela ciência que praticamos e também como gestora.” O Centro de Saúde da Comunidade da Unicamp (Cecom) apresentou materiais educativos sobre prevenção do câncer de mama, boas práticas alimentares e nutricionais e cuidados com a saúde bucal. O objetivo foi mostrar as atividades que são realizadas cotidianamente pela equipe multiprofissional na prevenção e promoção da saúde da comunidade, em especial a saúde da mulher. 
A palestrante Luzia Margareth Rago apresentou uma série de questões históricas sobre as lutas das mulheres e as conquistas alcançadas, fazendo um paralelo com questões contemporâneas que ainda podem avançar sobre feminismo, o direito ao próprio corpo, a violência e o feminicídio, o direito ao aborto, autonomia e igualdade de direitos.  A professora Margareth Rago lembrou ainda que mesmo as conquistas ao longo das últimas décadas não estão garantidas por conta de pressões de grupos conservadores, e que somente a mobilização das mulheres pode efetivar e ampliar esses direitos. E o crescimento do feminismo nas ruas pode contribuir para essas conquistas.
“Eu acho que é fundamental aqui na universidade, não apenas por termos muitas mulheres aqui dentro, mas porque é um local de conhecimento da historia das mulheres. Aqui temos feito a ênfase de dotar as mulheres e um passado, contar a historia das mulheres, é uma forma de empoderamento, de ter referencias e construir outras noções de cidadania. Aqui não é apenas um local de luta das mulheres por cultura e por educação, mas um local onde produzimos esse conhecimento”, afirma Margareth Rago. Acompanhando atentamente da plateia, a funcionária da DGA e estudante da Faculdade de Tecnologia (FT) de Limeira, Geane Lopes Monteiro, gostou das atividades do Dia Internacional da Mulher e elogiou a realização desses debates dentro do ambiente universitário: “Achei muito importante a apresentação da professora Margareth Rago e temos sempre que realizar debates sobre o feminismo. A programação deste ano está muito boa e a organização está de parabéns. A frase ‘local de mulher é onde ela quer’ representou a programação do Dia da Mulher. Na exposição das fotos existe uma imagem de duas mulheres com a expressão ‘amor livre’, e é muito interessante tratarem a questão LGBT no evento”.
A programação do dia 8 de março na Unicamp continuou ao longo da tarde com a apresentação do espetáculo SerEstando – Mulheres do Grupo Lume Teatro, a abertura de vários estandes na Praça das Bandeiras com atividades de acolhimento e orientação em saúde, direitos das mulheres e programas sociais do Cecom, Caism e do Centro de Referência de Apoio à Mulher da prefeitura de Campinas, da ONG SOS Ação Mulher e de outros parceiros.
Já no Arquivo Edgard Leuenroth do IFCH também foi realizado o painel “Mulheres, História e Memória”,  com a professora Luzia Margareth Rago e a pesquisadora do pós-doutorado Carolina Murgel. Na Faculdade de Ciências Médicas foi  realizada uma feira de talentos e quitutes. E nesta quarta, dia 9 de março, ocorrerá na Faculdade de Tecnologia (FT) de Limeira a palestra "Corpo e Subjetividade: A Busca Constante pela Perfeição", com a psicóloga Monique da Costa Martins e a exposição fotográfica "A mulher no Século XXI - Direitos e conquista".

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