sexta-feira, 6 de maio de 2016

Agência da ONU defende reconhecimento e fortalecimento da profissão de parteiras (os)

O Fundo de Populações das Nações Unidas (UNFPA) lembrou nesta quinta-feira (5) a contribuição das parteiras (as) para salvar vidas de mulheres, adolescentes e recém-nascidos, na ocasião do Dia Internacional das Parteiras e Parteiros Profissionais.
UNFPA pediu boas condições de trabalho, salários decentes e políticas de recursos humanos adequada para parteiras (os). Foto: EBC
UNFPA pediu boas condições de trabalho, salários decentes e políticas de recursos humanos adequadas para parteiras (os). Foto: EBC
O Fundo de Populações das Nações Unidas (UNFPA) lembrou nesta quinta-feira (5) a contribuição das parteiras e parteiros para salvar vidas de mulheres, adolescentes e recém-nascidos, na ocasião do Dia Internacional das Parteiras e Parteiros Profissionais.
A agência da ONU lembrou a importância desses profissionais, que muitas vezes lidam com circunstâncias adversas, atuam em comunidades de difícil acesso, em situações de emergência humanitária e em países dilacerados por conflitos.
“Parteiras e parteiros bem treinadas (os) e apoiadas (os) em seu trabalho em suas respectivas comunidades estão numa posição única para oferecer o cuidado respeitoso, acolhedor e culturalmente sensível que uma mulher precisa durante a gravidez e o parto”, disse o diretor-executivo do UNFPA, Babatunde Osotimehin, em comunicado.
“A obstetrícia é igualmente importante para as e os recém-nascidos durante o crítico primeiro mês de vida, e é uma contribuição significativa para a saúde sexual e reprodutiva em geral”, completou. De acordo com o diretor-executivo do UNFPA, esses profissionais são essenciais para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.
De acordo com o UNFPA, nos últimos 25 anos, o mundo reduziu quase à metade as mortes maternas. Mesmo assim, a cada ano cerca de 300 mil mulheres morrem durante a gravidez e o parto, e quase 3 milhões de bebês não sobrevivem às primeiras quatro semanas de vida.
A maioria dessas mortes poderia ser evitada e ocorre em países em desenvolvimento e afetados por crises. “Se engajadas (os) em maior número, parteiras e parteiros treinados poderiam evitar cerca de dois terços destas mortes” declarou Osotimehin. “Investimentos significativos em obstetrícia são essenciais para que o mundo possa atingir os seus objetivos ambiciosos de redução da mortalidade materna e neonatal.”
O UNFPA informou ainda que está ajudando a treinar e apoiar milhares de parteiras (os) em mais de 100 países. Pesquisa recente estimou que o UNFPA já tenha treinado 66 mil profissionais ao longo dos últimos sete anos em 57 desses países.
“Essas prestadoras e prestadores de cuidados críticos de saúde podem ajudar mais de 11 milhões de mulheres a dar à luz com segurança a cada ano. Mas muito mais precisa ser feito”, disse Osotimehin.
“Fazemos um apelo aos países para que reconheçam e recompensem as parteiras e parteiros que trabalham em situações desafiadoras e em áreas de difícil acesso, onde os seus serviços são mais necessários”, afirmou.
“Também instamos os países a investir em formação de qualidade, boas condições de trabalho, salários decentes, políticas de recursos humanos adequadas e em possibilidades de crescimento profissional.”

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