sábado, 13 de agosto de 2016

Ministro da Saúde diz que homens trabalham mais que mulheres

Ricardo Barros afirmou que um dos motivos pelo qual os homens procuram menos atendimento médico é porque 'trabalham mais que as mulheres'

11 ago, 2016

Nesta quinta-feira, 11, durante o lançamento de dois guias do Ministério da Saúde do projeto Pré-Natal do Parceiro, que visa incentivar os homens a fazerem exames de prevenção ao acompanharem mulheres aos postos de atendimento durante a gravidez, o ministro Ricardo Barros afirmou que um dos motivos pelo qual os homens procuram menos atendimento médico é porque “trabalham mais que as mulheres”, “são os provedores” do lar brasileiro e “possuem menos tempo” que as mulheres. Para o ministro, uma questão de hábito e cultura influencia esse comportamento.

Contradizendo a declaração do ministro, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que as mulheres trabalham mais do que os homens. Um levantamento de 2004 afirmou que, somadas as horas de ocupação remunerada ao trabalho doméstico, as mulheres trabalhavam quatro horas a mais que os homens por semana. Em uma década, a diferença aumentou mais de uma hora.

Em 2014, a dupla jornada feminina passou a ter cinco horas a mais, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Em comparação, os homens viram sua jornada de trabalho cair de 44 horas semanais para 41 horas e 36 minutos. A jornada dentro de casa permaneceu em 10 horas semanais.

Além dos guias, Barros também divulgou, na mesma ocasião, uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde que revela que 31% dos homens afirma não ter o hábito de ir às unidades de saúde para buscar auxílio na prevenção de doenças. O objetivo do programa do Ministério da Saúde do pré-natal para homens é reduzir a diferença de sete anos entre a expectativa de vida entre homens e mulheres, além de aproximar os pais durante a gestação.

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