No Dia Internacional pelo Fim da Fístula Obstétrica, 23 de maio, o diretor-executivo do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Babatunde Osotimehin, alertou para um dos ferimentos mais sérios que podem ocorrer na hora do parto e que afeta principalmente mulheres de países mais pobres.
O UNFPA trabalha em uma campanha global para eliminar a fístula por meio da prevenção, tratamento e reintegração social. A agência da ONU já apoiou mais de 85 mil cirurgias reparatórias desde 2003 e mais de 15 mil casos somente em 2016.
No Dia Internacional pelo Fim da Fístula Obstétrica, 23 de maio, o diretor-executivo do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Babatunde Osotimehin, alertou para um dos ferimentos mais sérios que podem ocorrer na hora do parto e que afeta principalmente mulheres de países mais pobres.
A fístula obstétrica é uma grave lesão que pode ocorrer durante o parto, uma ferida aberta na parede vaginal causada pelo parto prolongado e obstruído devido à falta de assistência médica adequada no tempo devido.
Na maioria dos casos, o bebê é prematuro ou morre na primeira semana de vida, e a mulher sofre uma séria lesão, a fístula, que a torna incontinente. Muitas mulheres e meninas com fístula obstétrica são rejeitadas por suas famílias e comunidades, aprofundando o ciclo da pobreza e ampliando seu sofrimento.
O tema da data neste ano, “Esperança, cura e dignidade para todas e todos”, é uma chamada de consciência sobre os direitos humanos fundamentais de todas as mulheres e meninas, em todos os lugares, com enfoque especial àquelas mais excluídas e discriminadas pela sociedade, disse Osotimehin em comunicado.
“Acabar com a fístula é uma prioridade do UNFPA, e é uma peça-chave na jornada para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030”, declarou.
“No último ano, acompanhei a transformação total da vida de duas mulheres. Alice, do Malauí, foi efetivamente tratada da fístula obstétrica com 83 anos de idade, após conviver com esta terrível — e tratável — condição por 66 anos”, disse Babatunde.
“Jumwa, do Quênia, foi tratada aos 77 anos, dos quais viveu 50 com a fístula. Não tenho palavras para descrever a sensação de esperança, cura e de dignidade restaurada que o tratamento proporcionou a essas duas mulheres, mas também a seus entes queridos.”
Segundo o diretor-executivo do UNFPA, enquanto estas são histórias de esperança, são, também, histórias de tragédia. “Elas não deveriam, de forma alguma, ter passado por décadas de desconforto e vergonha, que poderiam ter sido facilmente evitados”.
“Chegou a hora de colocar um fim nesse sofrimento, onde quer que ele ocorra.”
A fístula foi praticamente eliminada nos países mais ricos do mundo, o que mostra que ela pode ser erradicada em todos os países, lembrou a agência da ONU.
“Sistemas de saúde efetivos e esforços maiores para lidar com os problemas básicos que perpetuam a fístula, incluindo a pobreza, a desigualdade de gênero, o casamento e a gravidez precoce e a falta de educação, são cruciais”, declarou.
O UNFPA trabalha em uma campanha para eliminar a fístula por meio da prevenção, tratamento e reintegração social. A agência da ONU já apoiou mais de 85 mil cirurgias reparatórias desde 2003 e mais de 15 mil casos somente em 2016.
Entretanto, muito mais precisa ser feito. Mais de 2 milhões de mulheres ainda vivem com esta condição, e entre 50 e 100 mil desenvolvem a fístula a cada ano. “A realidade não precisa ser essa. Com uma forte liderança política, investimentos e ações, nós podemos acabar com este sofrimento nesta geração”.
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