20.10.2017
Quando a União Soviética se desmantelou, em 1991, um professor colega de Daniel Aarão Reis na UFF (Universidade Federal Fluminense) lhe disse: “Seu objeto terminou”. O historiador pensa o contrário. Ele defende, em entrevista a Paulo Roberto Pires e Guilherme Freitas para o podcast da revista serrote, que os estudos sobre a centenária Revolução Russa estão mais interessantes agora, priorizando aspectos sociais em detrimento do protagonismo do Partido Comunista e de líderes como Lênin, Stalin e Trotski. O papel das mulheres, por exemplo, vem ganhando destaque muito maior.
Aarão Reis está lançando o ensaio A Revolução que mudou o mundo e a compilação Manifestos Vermelhos, com textos russos da época. Sobre o Brasil, ele afirma que a “ameaça comunista”, novamente em voga, é tão anacrônica quanto qualquer desejo de retomar o modelo violento da Revolução Russa.
Apresentação: Paulo Roberto Pires e Guilherme Freitas
Edição: Filipe Di Castro
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