Contribua com o SOS Ação Mulher e Família na prevenção e no enfrentamento da violência doméstica e intrafamiliar

Banco Santander (033)

Agência 0632 / Conta Corrente 13000863-4

CNPJ 54.153.846/0001-90

sábado, 8 de setembro de 2018

Arqueólogos revelam provas de que mulher foi papa

por: Kauê Vieira
Arqueólogos conseguiram provas substanciais de que uma mulher ocupou o cargo mais importante da Igreja Católica. A descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade de Flinders, na Austrália.
Para os pesquisadores, a história acerca existência de uma papisa – alimentada desde a Idade Média, é sim real. Entre as provas sustentando os argumentos está a confecção de moedas em homenagem à papisa.
De um lado das moedas analisadas está o nome do imperador Luis II. Do outro, um monograma que representa o nome IoHANIs, o que, de acordo com os pesquisadores, pode ser lido como Iohannes. O monograma foi assinado pelo papa vigente.

Este é considerado um dos maiores segredos da Igreja Católica
“Nessa época [850 d.C.], não existe, oficialmente, nenhum papa com o nome de Iohannes. Mas há muitos registros de Iohannes Anglicus, a papisa”, afirma Michael E. Habicht, autor de Papisa Joana: O Pontificado Encoberto de uma Mulher ou uma Lenda?, em entrevista à AH.
De acordo com o Habicht, a história oficial apresentada pela Igreja sempre foi suspeita. O autor ressalta que a ligação das moedas ao nome de João VIII, que reinou de 872 até 882, é bastante frágil. “Esse papa tem um monograma diferente. E uma análise grafológica apoia a conclusão de que são diferentes assinaturas, de duas pessoas diferentes”, encerra.
Durante a Idade Média, muito se comentou sobre esta história, que acabou caindo em descrença com o passar dos séculos. Apenas no ano de 1099, o dominicano Jean de Mailly, que não deu nome à ela, falou sobre a vida de Joana.
Pesquisadores dizem que Joana se disfarçou de homem para ascender na hierarquia católica, até conseguir ser eleita papa. Ela teria reinado entre 885 e 857, como João (Iohannes, em latim).  O disfarce foi descoberto durante uma procissão, quando o suposto papa João se sentiu mal e deu à luz no meio da rua. O fato causou grande indignação e Joana foi aprisionada e teve o nome removido de todos os documentos da Igreja Católica.
Cena do filme lançado em 2009 sobre a papisa Joana
Joana nasceu na Idade Média, em janeiro de 814. Membra de uma família de camponeses, ela era filha de um missionário da Igreja Católica. Historiadores dizem que a jovem tinha o hábito de questionar os cânones de seu tempo. Joana morreu logo após o nascimento da criança, aos 42 anos.
A trajetória da papisa chamou a atenção do cinema. Na década de 1970, a atriz Liv Ullman protagonizou um filme sobre o assunto. Em 2009, a papisa voltou às telonas com produção dirigida pelo cineasta alemão Sonke Wortmann. O longo se baseou no livro Papisa Joana, da inglesa Donna Woolfolk Cross.
Até os dias de hoje a Igreja Católica não permite mulheres em cargos de liderança.

Nenhum comentário:

Postar um comentário