Paula IvogloPaula Ivoglo
02 Feb, 2019
Dejah Rondeau só queria uma chance de provar em campo, que era tão forte quanto os garotos, mental e fisicamente.
Rondeau, uma aluna do 7º ano, ganhou a posição de quarterback na equipe – só de meninos – em sua escola Exeter Seahawks depois que o QB titular se machucou.
“Meu pai amava futebol americano e assistia sempre comigo, então eu sempre amei o esporte e implorei por anos para poder jogar”, disse Rondeau, que antes de poder jogar, tinha uma pessoa que precisava convencer: sua mãe, Nichole Brock.
“Eu pedi para ela me escrever uma carta explicando porque ela queria jogar”, disse Brock. “Ela disse que isso a faria ser a garota mais feliz do mundo, e que seria a primeira mulher quarterback a conseguir uma bolsa de estudos e jogar na NFL.”
Seu começo não foi dos melhores. No primeiro jogo, Deejah sofreu um fumble e um safety, além de ser sacada muitas vezes.
Seu técnico, Nick Graham, disse que depois desse jogo, a colocaria na formação shot-gun, deixando-a mais em profundidade para permitir que ela visse mais do campo, e então ela começou a ter mais sucesso, lançando três touchdowns e conseguindo cinco conversões de dois pontos, com seu passe mais longo sendo de 35 jardas.
Mas sua mãe comenta que não era fácil para sua filha ter que entrar em campo sendo a única menina da equipe. Sofria muito bullying por isso, pois ela simplesmente não era aceita. “Ela tem que dar 110% em campo, enquanto outros dão apenas 50%”, diz Brock. “Mas se tornar uma quarterback foi a melhor coisa que podia ter acontecido, ela se esforça muito!”.
Seu técnico concorda, afinal, a viu crescer e evoluir não apenas como jogadora, mas como líder e grande colega de equipe.
“Depois de um primeiro jogo muito difícil, eu disse a ela que quarterbacks não podem ter muitas emoções, nem para mais nem para menos, tem que saber equilibrar. Esqueça a última jogada e siga em frente. Ela me permitiu treiná-la.”
Rondeau usa a camisa 11 em homenagem a seu jogador favorito, Julian Edelman, wide receiver do New England Patriots, que também jogou como quarterback no colégio e na Universidade de Kent State. Ela participou até do camp para jovens jogadores comandado por Edelman.
Depois de saberem que Rondeau sofria bullying na escola por jogar futebol, os Patriots quiseram encorajá-la a continuar seguindo seus sonhos.
Foi surpreendida com um tour na sala dos troféus com o dono da franquia, Robert Kraft, e teve a oportunidade de passar um tempo com Julian Edelman.
Mas a surpresa maior veio no final: diretamente das mãos de seu ídolo, ganhou dois ingressos para assistir o Super Bowl neste domingo.
Certamente um momento que marcou a vida de Rondeau e que dará ainda mais força para continuar seguindo seus sonhos e fazendo o que ama: jogar futebol.
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