quarta-feira, 12 de junho de 2019

MARIA VAI COM AS OUTRAS #2: PESO

Duas professoras falam sobre como perder ou ganhar muitos quilos afetou suas vidas dentro e fora do trabalho

11fev2019
As convidadas Gabriela Souza e Flávia Santos, pelo traço do ilustrador Caio Borges
As convidadas Gabriela Souza e Flávia Santos, pelo traço do ilustrador Caio Borges
Para Gabriela Souza, tradutora e professora de inglês, o sobrepeso parecia incomodar mais as outras pessoas do que ela mesma. Os quilos a mais só viraram uma questão quando ela torceu o tornozelo e ouviu dos médicos que a única solução possível era perder peso rapidamente. Ela se submeteu então a uma cirurgia bariátrica  mas hoje, 40 quilos mais magra, ela diz ter mais limitações e problemas de saúde do que quando era gorda.

Ao entrar na adolescência, a pedagoga Flávia Santos começou a se incomodar com a maneira como seu corpo de mulher adulta chamava a atenção. Aos 14 anos, controlar o peso virou uma obsessão que a fez perder 22 quilos em quatro meses e ser internada para tratar uma anorexia e depressão.
Neste segundo episódio da nova temporada do Maria Vai Com as Outras, elas contam como essas transformações bruscas no corpo mudaram a maneira como se veem.
Bloco 1
Gabriela Souza chegou a pesar 110 quilos, e conta que a sua relação com o próprio corpo sempre oscilou, independentemente do sobrepeso. A cirurgia bariátrica, que reduziu o tamanho de seu estômago, teve consequências drásticas na sua saúde, decorrentes da absorção de nutrientes  mas também na sua maneira de estar no mundo, nos relacionamentos profissionais e afetivos.

Bloco 2
A pedagoga Flávia Santos trabalha na biblioteca de uma escola particular no Rio de Janeiro, e convive diariamente com jovens especialmente meninas  com a mesma idade que ela tinha quando emagreceu subitamente e foi diagnosticada com anorexia. Depois de anos fazendo terapia, acredita que o gatilho para todo esse processo foi o assédio que passou a sofrer no começo da adolescência. A compulsão por exercícios físicos e dietas cada vez mais rigorosas arbitrou sobre amizades de juventude, relacionamentos afetivos, e o seu ingresso na vida profissional – até que a maternidade a libertasse pela primeira vez do desconforto com o próprio corpo.

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