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quarta-feira, 3 de julho de 2019

'Aruanas' traz força de mulheres ativistas em luta pela Amazônia com Taís Araújo, Leandra Leal e Débora Falabella


Série da Globoplay foi lançada em mais de 150 países e estreia na Globo nesta quarta. Thainá Duarte completa quarteto da ONG e Camila Pitanga vive lobista que defende empresários.

Por Gabriela Sarmento, G1
03/07/2019 

Na fictícia cidade do Cari, quatro ativistas lutam pela Amazônia, índios, população local e biodiversidade. Esse é o cenário que se mistura com as histórias pessoais de cada personagem em "Aruanas".
A nova série original da Globoplay tem Débora Falabella, Leandra Leal, Taís Araújo, Thainá Duarte e Camila Pitanga. Pela primeira vez, uma produção do serviço de streaming fica disponível no Brasil e no exterior simultaneamente. São mais de 150 países e legendas em 11 idiomas.
Nesta quarta-feira (3), o público poderá ver o primeiro episódio às 22h50 na Globo. A série ficará disponível em um site próprio no exterior, com apoio do Vimeo, plataforma de vídeos. Custará US$ 12,90.
Amigas de infância, a ativista Luiza (Leandra), a jornalista Natalie (Falabella) e a advogada Verônica (Araújo) fundaram a ONG Aruana e são destemidas quando o assunto é alguma causa que elas acreditam.
Difícil dizer qual das três tem personalidade mais forte, característica rapidamente percebida pela estagiária Clara (Thainá) que completa o quarteto de ativistas.

Clara (Thainá Duarte), Verônica (Taís Araújo), Natalie (Débora Falabela) e Luiza (Leandra Leal) são as ativistas de "Aruanas" — Foto: Fábio Rocha/Globo
Clara (Thainá Duarte), Verônica (Taís Araújo), Natalie (Débora Falabela) e Luiza (Leandra Leal) são as ativistas de "Aruanas" — Foto: Fábio Rocha/Globo

Após uma denúncia anônima, a ONG passa a investigar a mineradora KM, do empresário Miguel (Luiz Carlos Vasconcelos). As gravações foram feitas em regiões próximas a Manaus.
Além disso, elas precisam continuar tocando suas vidas pessoas com relacionamentos abusivos, traições, decepções e filhos.

Elenco transformado

Dos quatro meses de gravação, parte da produção ficou dois meses e meio na Amazônia. Todas as atrizes falaram em transformação em evento com jornalistas, em São Paulo.
"Eu me considerava uma pessoa consciente antes de fazer a série, mas no meio eu vi que consciência sem ação serve para pouca coisa, se não até para nada. É urgente, é preciso agir", defende Taís Araújo.
Mais próximas às lutas da mulher, da arte e da comunidade LGBT, Leandra Leal passou a levantar também a bandeira do meio ambiente.
"Óbvio que estava no meu radar, mas não era era uma que eu falava é a minha causa. Agora eu falo que é uma causa nossa, não só minha não. É algo que impactou tranquilamente o meu cotidiano e o meu comportamento no mundo", afirma ao G1 (veja no vídeo acima).

Taís Araújo, Débora Falabella, Camila Pitanga, Leandra Leal e Thainá Duarte posam para fotos na coletiva de imprensa de "Aruanas", em São Paulo — Foto: Divulgação
Taís Araújo, Débora Falabella, Camila Pitanga, Leandra Leal e Thainá Duarte posam para fotos na coletiva de imprensa de "Aruanas", em São Paulo — Foto: Divulgação

Camila Pitanga vive Olga, uma lobista mais próximas aos interesses da bancada ruralista em Brasília. Para ela, a ideia é "sensibilizar as pessoas à respeito do que ocorre na Amazônia".
A série também serve, segundo ela, para "dessacralizar a figura do ativista, entender que o ativista é especial, porque ele se dispõe, tem ousadia, mas ao mesmo tempo tem suas paixões, suas dúvidas, sua vida pessoal".

Por que falar da Amazônia?

Inicialmente dois roteiros e todas as sinopses dos dez capítulos foram aprovados para uma série que abordaria a questão da energia nuclear. A motivação era próxima da realidade: um vazamento de urânio em Caetité (BA).
No entanto, com a polêmica em torno da extinção da Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca) em 2017, os autores Estela Renner e Marcos Nisti sentiram a necessidade de voltar o olhar sobre a Amazônia.

Os autores Marcos Nisti e Estela Renner falam durante a coletiva de imprensa de "Aruanas" em São Paulo  — Foto: Divulgação
Os autores Marcos Nisti e Estela Renner falam durante a coletiva de imprensa de "Aruanas" em São Paulo — Foto: Divulgação

"Amazônia é vida, não só para as pessoas que moram perto, mas para todos os brasileiros. É responsável por chuva em São Paulo, chuva no Rio de Janeiro, responsável pela umidade na Europa", explica Nisti, que também produziu a série.
À frente da Maria Farinha Filmes, a dupla já se dedicou a documentários, mas estreiam juntos como autores de ficção. Estela percebe um movimento de séries que mostram o futuro como uma distopia, e vê um poder diferente em "Aruanas".
"Se a gente continuar fazendo audiovisual de ficção que mostra o futuro distópico, no qual a gente sempre vê um futuro coletivo sem árvore, com o melhor da tecnologia e o pior do ser humano talvez a gente chegue nesse lugar", comenta Estela, que também assina a direção da série. "Aruanas não está aqui para polarizar, mas para convidar todo mundo pra sonhar junto."

O que quer dizer 'Aruanas'?


A jornalista Natalie (Débora Falabella), a estagiária Clara (Thainá Duarte), a ativista Luiza (Leandra Leal) e a advogada Verônica (Taís Araújo) fazem parte da ONG Aruan — Foto: Fábio Rocha/Globo
A jornalista Natalie (Débora Falabella), a estagiária Clara (Thainá Duarte), a ativista Luiza (Leandra Leal) e a advogada Verônica (Taís Araújo) fazem parte da ONG Aruan — Foto: Fábio Rocha/Globo

Uma pergunta que todo mundo deve estar também se fazendo é o que significa "Aruanas". O elenco sabia de uma definição ("Sentinela da natureza").

Mas há outro, explica Thainá ao G1, para surpresa de Leandra e Estela: "Araunã é também um peixe que vai na frente do cardume e volta de ré comunicando aos demais se eles podem seguir".
Ela diz que a informação foi passada em um dos workshops de preparação do elenco em Manaus. O Greenpeace e outras 28 ONGs são parceiros técnicos da produção. "Meu amor, está tudo conectado", brinca Leandra.

Estreia internacional

A série está no Globoplay desde terça-feira (2) e em mais de 150 países por meio do site Aruanas.tv. "A gente quer muito que todo mundo assista, que o planeta assista. Nossas pretensões são gigantescas e a gente não é modesto em relação a isso", explica Estela.

Quem estiver fora do Brasil pode comprar a primeira temporada da série por US$ 12,90. De julho a outubro, 50% das vendas vai ser destinada a uma entidade, ainda não divulgada, que cuida da Amazônia.
Com pré-estreias em Londres e Nova York, a história ganhou legendas em onze idiomas: inglês, espanhol, francês, alemão, italiano, russo, holandês, coreano, turco, hindi e árabe.
Estela e Nisti afirmaram que já estão escrevendo novos capítulos para uma futura continuação, mas ainda não há confirmação de uma segunda temporada.

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Produção da TV Globo, já disponível no Globoplay, foi desenvolvida em parceria com organizações de preservação ambiental e será lançada no mundo todo no dia 2 de julho.

30 de jun de 2019

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