sábado, 7 de dezembro de 2019

Violência contra mulheres: líder de organizada e torcedores debatem #PaixãoSemViolência

Ouvimos vocês e lançamos o primeiro de uma série de vídeos sobre como conversar a respeito de violência contra mulheres

publicado em 06 de Dezembro de 2019

É muito difícil não sentir na pele o ponto no qual estamos agora. Seja em redes sociais ou nos churrascos entre familiares e amigos, ouvimos mais e mais a respeito de pessoas rompendo relações por trocas de agressões em meio a conversas sobre política. Parece cada vez mais difícil tratar sobre certos temas que são essenciais para o nosso avanço enquanto sociedade. 

Pensando nisso, durante o ano de 2019 lançamos o projeto Construindo Pontes e Derrubando Muros, feito em parceria com Instituto o Avon. 
Utilizamos dados de uma pesquisa inédita e conseguimos construir um livro-ferramenta feito para agir em cima de um dos nossos principais problemas atualmente: a construção de diálogos com quem pensa diferente.
Agora, o Instituto PdH (nosso braço de pesquisa, o Instituto de Pesquisa & Desenvolvimento em Florescimento Humano) se uniu novamente ao Instituto Avon e também se aliou ao Quebrando O Tabu como parte da campanha #PaixãoSemViolência que faz parte dos 21 dias de ativismo. 
Para dar continuidade e aprofundar a discussão iniciada com o Construindo Pontes e Derrubando Muros, criamos uma nova pesquisa que ouviu mais de 3 mil pessoas. A ideia é que, em parceria com a comunidade do PdH, pudéssemos criar vídeos e um novo livro-ferramenta que fossem direto ao ponto, atendendo às demandas de quem realmente tem interesse em promover esses diálogos.
Para iniciar os desdobramentos do projeto, lançamos agora um vídeo com uma roda de conversa que promovemos entre a ex-jogadora Milene Domingues – que estrelou, em 2018, campanha do Corinthians para combater o machismo no esporte, time do qual é Embaixadora de Futebol Feminino – Marcelo Caverna – líder de organizada – Gabriel Santoro – torcedor de arquibancada – Luma Rodrigues – integrante da bancada das sereias – e Dora Scobar – Jornalista d'O Contra-ataque.
Você pode dar o play aqui embaixo.
A parte boa é que esse é só o começo.
Além desse vídeo, ainda teremos mais 2 outros e várias pílulas que vamos compartilhar nas nossas redes, com mais conversas legais como essas para nos inspirar a construir pontes.
As próximas estreias acontecem no primeiro trimestre de 2020 e acompanham, também, um mini-guia que conta com mapeamento de grupos reflexivos para homens autores de violência pelo país e ferramenta aqueles que têm interesse em embarcar em uma iniciativa do tipo.

A metodologia

Para articular a conversa que gerou esse vídeo, passamos pelas seguintes etapas:

1. Articulamos uma rede estratégica com ativistas referência no assunto

Buscamos ativistas que já lideram grupos reflexivos com homens autores de violência para aprendermos com eles qual material em vídeo seria mais eficaz produzirmos para ajudar no diálogo com pessoas indiferentes ou resistentes ao tema.

2. Sonhamos os vídeos coletivamente

Realizamos um workshop presencial de aprofundamento com pessoas com pontos de vista distintos sobre o tema violência de gênero, para entender os principais obstáculos nessas conversas.

3. Escutamos a rede e buscamos aliados em escala 

Abrimos uma breve pesquisa online, por meio da qual escutamos mais de 3.500 pessoas, para entender, dentre outras coisas, quais temas de vídeos elas maisgostariam de ver sendo produzidos por nós. E pedimos a elas para deixarem o contato, caso desejassem receber e divulgar os vídeos no lançamento.

Vamos lançar um livro-guia “Como dialogar sobre violência contra as mulheres com quem ainda é resistente ao tema?”



Criamos também um livro-guia chamado “Como dialogar sobre violência doméstica com quem ainda é resistente ao tema?”.
O livro oferece caminhos práticos para dialogar com quem sofreu e também com quem cometeu abuso, explica sobre o ciclo da violência e indica sinais comuns de abuso. O material foi inteiro construído ao lado de pessoas que atuam na área há anos, como Adriano Beiras, Sérgio Barbosa, Flávio Urra e muitos outros. 
Nos próximos dias vamos atualizar esse artigo e avisar nas nossas redes sobre o lançamento do material.

Como usar esse material?

Esse material é todo de vocês. Queremos que  os utilizem e os espalhem aos quatro cantos.
Vejam o vídeo, compartilhem, discutam em rodas ou em duplas. Mas, principalmente, coloquem o conhecimento presente no dia-a-dia. Testem, critiquem, inspirem outras pessoas.
Mandem e-mails pra nós, contando como tem sido, se serviu ou se não serviu, se precisamos melhorar o material em algum ponto (sabemos que sim). 
Suas contribuições são bem vindas. Queremos ver essa conversa acontecendo.
Mãos à obra?

Nenhum comentário:

Postar um comentário