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quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Pela 1ª vez, ministro japonês pedirá licença-paternidade

Estrela em ascensão na política japonesa, Shinjiro Koizumi fará jornadas mais curtas para totalizar 15 dias de licença dedicados a seu filho.

Por G1
15/01/2020

Foto de arquivo mostra o ministro do meio ambiente do Japão, Shinjiro Koizumi, e sua mulher, a âncora de um canal de TV Christel Takigawa  — Foto: Jiji Press / AFP
Foto de arquivo mostra o ministro do meio ambiente do Japão, Shinjiro Koizumi, e sua mulher, a âncora de um canal de TV Christel Takigawa — Foto: Jiji Press / AFP

O ministro japonês do Meio Ambiente, Shinjiro Koizumi, anunciou sua intenção de tirar duas semanas de licença-paternidade, um fato inédito neste país asiático. Essa é a primeira vez que um ministro fez esse tipo de solicitação até hoje.

Shinjiro Koizumi, de 38 anos, cujo primeiro filho nascerá em breve, quer ser um modelo para os outros pais ao suspender suas atividades profissionais por um período na medida do possível.
Ele explicou que não serão duas semanas consecutivas, que trabalhará de casa e que fará jornadas mais curtas para totalizar 15 dias de licença dedicados a seu filho. Esses dias serão distribuídos ao longo dos três primeiros meses de nascimento do bebê, de acordo com a agência France Presse.
Por ser uma estrela em ascensão na política japonesa, Shinjiro, que é filho do ex-premiê Junichiro Koizumi, tem seus gestos e decisões acompanhados de perto pela imprensa local. Ele é visto como um possível futuro premiê.

Ministro do Meio Ambiente do Japão, Shinjiro Koizumi, participa de coletiva de imprensa na residência oficial de do premiê, Shinzo Abe, em 11 de setembro de 2019  — Foto: Issei Kato/ Reuters
Ministro do Meio Ambiente do Japão, Shinjiro Koizumi, participa de coletiva de imprensa na residência oficial de do premiê, Shinzo Abe, em 11 de setembro de 2019 — Foto: Issei Kato/ Reuters
A legislação japonesa é bem mais generosa em termos de licença-maternidade e paternidade: autoriza tanto a mãe quanto o pai a fazerem uma pausa que pode ir até um ano, se não houver vaga disponível em nenhuma creche.
Por conta do forte preconceito em relação aos homens, apenas 6% dos pais tiram licença-paternidade, contra 80% das mães na população economicamente ativa.

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