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segunda-feira, 4 de maio de 2020

Mais dois projetos voltados para mulheres, periferias e zonas rurais durante a pandemia causada pelo coronavírus

Pesquisa sobre como mulheres vivenciam o isolamento social e laboratório com soluções para periferias e zonas rurais estão entre as novas iniciativas da Gênero e Número para o enfrentamento da crise 
Da Redação Gênero e Número
30 DE ABRIL DE 2020
Diante da pandemia causada pelo novo coronavírus, a Gênero e Número tem se organizado com diversas instituições para criar e impulsionar projetos que se adequam ao momento atual. Esta semana, dois deles estão em marcha, além da cobertura especial que, desde março, desenvolvemos com a Revista AzMina, ÉNóis e DataLabe.

Em parceria com a SempreViva Organização Feminista (SOF), lançamos há três dias a pesquisa “A Vida das Mulheres durante a Pandemia”, para identificar como elas estão vivenciando a crise atual causada pelo novo coronavírus. Trabalho, renda, violência familiar, cuidados e tarefas domésticas estão entre os assuntos abordados. A SOF é uma organização feminista de assessoramento que trabalha com movimentos sociais e órgãos públicos mirando a articulação de mulheres. 

O questionário demora cerca de 15 minutos para ser finalizado e traz perguntas que são preenchidas anonimamente pela internet. Elas tratam do cotidiano, das percepções e das mudanças impostas à vida das mulheres pelas medidas de isolamento social para combater o coronavírus. “Posteriormente, vamos estratificar uma amostra das pessoas que responderam, de acordo com a representatividade das mulheres nos dados do censo demográfico de 2010”, explica a coordenadora da pesquisa e dos dados, Natália Leão, da Gênero e Número.

Respostas rápidas para a pandemia

Além da pesquisa, está em andamento o projeto “Laboratório de Emergência”. Com o apoio da Gênero e Número e de outras 13 instituições, a Silo – Arte e Latitude Rural, organização da sociedade civil que se dedica a difundir projetos culturais em zonas rurais, lançou um programa que desenvolve soluções para periferias e áreas rurais no contexto da pandemia provocada pelo novo coronavírus. A iniciativa surgiu da impossibilidade de concretizar este ano um laboratório similar, mas presencial, realizado pela Silo desde 2012. 
“Diante da dificuldade, eu pensei: ‘Quem sabe a gente não usa esta metodologia e lança no momento em que as pessoas precisam dar respostas rápidas à pandemia?’”, diz Cinthia Mendonça, diretora da Silo.
Na semana passada, 32 projetos foram apresentados e 27 selecionados, propostos por 60 pessoas. Eles incluem iniciativas diversas, que vão da entrega de kits de autocuidado em saúde para mulheres em vulnerabilidade na periferia do Rio de Janeiro a um painel interativo de notícias e literatura científica sobre os impactos da covid-19. Mais de 200 pessoas estão envolvidas, atuando em equipes multidisciplinares que incluem não apenas os grupos responsáveis pelos projetos, mas mentores e avaliadores.
Os trabalhos foram divididos em áreas temáticas, entre elas: divulgação científica; difusão cultural; redes solidárias para comunidades; recursos educacionais; fabricação de aparatos para segurança sanitária; coleta e exibição de dados científicos e sociais; sistemas de apoio a pequenos agricultores.
“Após o encerramento das inscrições, já recebemos mais 20 projetos. Como ainda a demanda está muito grande, vamos fazer uma nova edição do laboratório daqui a duas semanas”, anuncia Mendonça.
Até o fim desta semana, os grupos já selecionados trabalharão no desenvolvimento colaborativo de um protótipo. Nesta fase, contarão com o apoio de pesquisadores e cientistas que se dispuseram a colaborar. A partir de maio, as equipes vão compartilhar o processo de trabalho e os resultados da experiência, apontando para a possível continuidade e implementação do projeto.

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