quarta-feira, 3 de julho de 2013

Vaidade

POR LUCIANA SADDI

Exagerar nos saltos, maquiagem e joias. Exagerar no emprego do próprio tempo com as roupas e com a moda. Como definir a vaidade? Algo apenas ligado ao aspecto físico e à imagem ou também ligado à opinião que queremos que os outros tenham de nós? 
A vaidade sempre existiu. Na bíblia já se apresentava, muitos dirão. Homens e mulheres de todas as civilizações por meio de adereços, pinturas ou exercícios físicos afirmaram ideais de beleza, cultivaram corpos e desenvolveram suas mentes a fim de alcançar padrões elevados. Mas quando a busca por ideais se torna vaidade? Quando o amor próprio fracasssa ou quando se torna exacerbado?
A vaidade pode ser compreendida pela quantidade de investimento: tempo, dinheiro e excesso de pensar a fim de capturar admiração. Um conjunto de ações, sentimentos e pensamentos que obrigam o sujeito a olhar para si mesmo de forma incessante e o paralisam nessa posição. Excede os cuidados e o amor próprio, podendo se tornar um anticuidado ou até uma autoagressão. Em altas doses se torna parente das manifestações hipocondríacas e autorreferentes.
Freud afirmava que em muitos casos a vaidade funcionava como compensação por algum tipo de sensação de inferioridade real ou imaginada. Seria então uma das formas de encobrir as faltas, indicando fragilidade psíquica.

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