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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Saia do papel de vítima em quatro passos

por Thaís Petroff

"Meu Deus, dá-me a serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, coragem para mudar o que está ao meu alcance e sabedoria para saber a diferença entre ambas"

Muitos de nós conhecemos pessoas que tendem a se vitimizar frente às situações, ou ainda, percebemos que nós mesmos temos a tendência em fazer isso. A ideia que se tem é de que o mundo é injusto, de que outras pessoas têm mais oportunidades, de que as coisas não dão certo, que tudo é sempre muito difícil etc.

Essa é uma percepção de mundo que leva ao autoboicote e à culpa.

Quando nos culpabilizamos frente às situações entramos em um ciclo de nos martirizarmos, ficarmos tristes e até com raiva de nós mesmos e, diante disso, ficamos estagnados. Quando nos vitimizamos, culpabilizando o mundo, as outras pessoas, as circunstâncias... também ficamos estagnados, porque não temos o que fazer para mudar o contexto. Ficamos então reclamando, choramingando e nos perdendo em desculpas.

A vitimização é uma atitude utilizada por inúmeras pessoas e, que em muitas ocasiões, pode dar muito certo, uma vez que há pessoas que se compadecem do discurso e irão dar razão para o que se vitimiza, reforçando-o, tanto no sentido de lhe fornecer atenção quanto no de concordar com sua fala. Assim a pessoa que se vitimiza acaba se colocando numa grande armadilha: se ela não buscar desenvolver alguma consciência, será difícil sair disso. Inclusive por que há momentos em que as pessoas em torno dela podem se aborrecer com a repetição desse mesmo discurso e/ou se afastar dela ou começar a pontuar outros pontos de vista mas, sem consciência, é possível que ela se vitimize mais ainda, interpretando o que ocorre sob a ótica de que novamente os outros estão sendo injustos com ela.

Saia do papel de vítima em quatro passos:

1º) O segredo para sair desse papel é começar a se responsabilizar pelo que depende de si para ser feito.

2º) Identifique em cada situação o que está dentro do seu controle e de seu poder de ação e faça algo com isso. Logicamente nem tudo está sob nosso controle. 

3º) Para a parte que está fora de seu controle, precisa ser trabalhada a aceitação: aceitação de que essa é a situação que se apresenta; aceitação de que é o que o outro pode fazer agora; aceitação que é o que há para o momento.

4º) Ao trabalhar com foco nessa dupla: responsabilidade + aceitação, a percepção e consequentemente os resultados ao lidar com os "reveses" passam a ser muito diferentes.

Coisas boas e ruins acontecem na vida de todos, a questão é como eu lido com elas e o quanto me disponho a mudar o que está ao meu alcance e também o quanto me empenho em não gastar energia desnecessária no que não está: a isso podemos chamar de maturidade - crescimento.

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