segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Arábia Saudita proíbe que médicos examinem cadáveres de mulheres - Internacional - Notícia - VEJA.com

Autoridade religiosa do país determinou mudança por considerar pecado que um homem veja uma mulher nua - mesmo que ela esteja morta

A Arábia Saudita é um país ultraconservador, onde as mulheres são sujeitas a muitas restrições
A Arábia Saudita é um país ultraconservador, onde as mulheres 
são sujeitas a muitas restrições (Reuters)
As autoridades sauditas proibiram que médicos homens examinem cadáveres de mulheres, após um pedido feito pelo mufti Abdelaziz al Sheikh, a máxima autoridade religiosa do país, informou neste domingo o jornal local Okaz.

Segundo o subsecretário do Ministério da Saúde, o médico Abdelaziz Mohammed al Hamidi, seu departamento recebeu a mensagem do clérigo e determinou seu cumprimento em todo o país. Em sua mensagem, o religioso defendeu a necessidade de que os corpos nus de mulheres mortas nos hospitais sejam examinados apenas por médicas.

Para o xeque, "a inviolabilidade do corpo de um muçulmano morto é como a do vivo", por isso seria pecado que um homem visse uma mulher, embora morta, nua.

O pedido de Sheikh responde a várias queixas sobre médicos homens que examinaram corpos femininos em hospitais para investigar as causas de sua morte. A mesma situação ocorre com os médicos legistas que realizam autópsias de mulheres para esclarecer crimes e veem partes íntimas do corpo feminino, criticou o mufti.

A Arábia Saudita é regida por uma rígida interpretação da lei islâmica (sharia), que impõe a segregação de sexos em espaços públicos e restrições às mulheres, que cobrem seu rosto com um "niqab" (véu que deixa apenas os olhos de fora).

(Com agência EFE) 
http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/arabia-saudita-proibe-que-medicos-homens-examinem-cadaveres-de-mulheres

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