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sexta-feira, 4 de abril de 2014

“Os afegãos entenderam que as mulheres são parte da sociedade”

A política mais relevante do país é da minoria hazara, foi ministra e médica e trabalhou na reconstrução do país

Á. ESPINOSA Cabul
A candidata a vice-presidenta Habiba Sarabi em Cabul.
 / WAKIL KOHSAR (AFP)
Habiba Sarabi (Mazar-i-Sharif, 1956) é a política mais relevante do Afeganistão. Pertencente à minoria hazara, esta médica hematologista trabalhou na reconstrução de seu país desde a derrocada dos talibãs. Antes de unir à candidatura à presidência de Zalmay Rassoul, foi durante oito anos governadora provincial de Bamiyán. Anteriormente, era ministra de Assuntos da Mulher e titular de Educação e Cultura.

Pergunta. Qual é a diferença entre a sua candidatura e as demais?

Resposta. Inclui uma mulher, não temos nenhum senhor da guerra e nenhum dos três [integrantes da candidatura] somos corruptos.

P. Que oferece às mulheres?

R. Quero trabalhar na legislação, porque as leis promovem a mudança para a vida das mulheres. Também quero formar um grupo de pressão para que respalde no Parlamento as iniciativas de empoderamento econômico das mulheres. Além disso, estabelecer um comitê que assessore [em assuntos da mulher] à presidência e a vice-presidência.

P. Apoia as conversas de paz com os talibãs?

R. Sem conversas não há possibilidade de paz. Temos que falar. Mas se não conseguimos sucesso com a negociação, terá que tomar outras decisões.

P. Não teme que essa paz se consiga a expensas dos direitos da mulher?

R. Na Constituição, os direitos da mulher estão claros. Não é uma moeda de troca. Temos que os salvaguardar.

P. A sociedade afegã está preparada para a igualdade entre homens e mulheres?

R. Sem dúvida, viajei de Kandahar a Helmand, Jalalabad, Kunduz, Baghlan e outras regiões. Ontem estive em Mazar-i-Sharif. E não encontrei nenhuma reação negativa. O que significa que nestes 12 anos, os afegãos, e em especial os homens, entenderam que as mulheres são parte da sociedade.

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